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Título: Análise do índice de desempenho ambiental da indústria siderúrgica
Título(s) alternativo(s): Analysis of the environmental performance index for the steel industry
Autor(es): Lebre, Alexandre Pilad
Orientador(es): Nagalli, André
Palavras-chave: Usinas siderúrgicas
Sustentabilidade - Análise
Responsabilidade ambiental
Mercado de emissão de carbono - Aspectos ambientais
Economia circular
Energia elétrica - Consumo
Steel-works
Sustainability - Analysis
Environmental responsibility
Emissions trading - Aspectos ambientais
Circular economy
Electric power consumption
Data do documento: 17-Fev-2025
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: LEBRE, Alexandre Pilad. Análise do índice de desempenho ambiental da indústria siderúrgica. 2025. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2025.
Resumo: A indústria siderúrgica é um dos setores mais impactantes do ponto de vista ambiental, sendo responsável por aproximadamente 7% das emissões globais de CO₂ e por um consumo significativo de recursos naturais, como água e energia. Diante desse cenário, a adoção de práticas sustentáveis e a mensuração do desempenho ambiental tornam-se essenciais para alinhar o setor aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no contexto da descarbonização, que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e promover a transição para uma economia de baixo carbono. Nesse contexto, o Índice de Desempenho Ambiental (IDA) surge como uma ferramenta crucial para avaliar e monitorar a sustentabilidade nas operações industriais. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o IDA aplicado à indústria siderúrgica brasileira, comparando-o com os índices utilizados nos setores ferroviário e aquaviário, e propor melhorias para sua estruturação e aplicação, com ênfase em estratégias de descarbonização. A metodologia adotada incluiu uma revisão sistemática de literatura, com análise de 108 artigos publicados entre 2019 e 2024, dos quais 13 foram selecionados para discussão aprofundada. Além disso, foram analisados relatórios de sustentabilidade de quatro das principais siderúrgicas brasileiras, bem como documentos do Instituto Aço Brasil (IABR) e da World Steel Association (WSA). A análise comparativa dos IDA Ferroviário, Aquaviário e Siderúrgico revelou que, enquanto os setores de transporte possuem indicadores detalhados e metodologias padronizadas, o IDA Siderúrgico carece de transparência e abrangência, especialmente em relação à descarbonização. Por exemplo, o IDA Ferroviário avalia 8 dimensões ambientais, incluindo governança, eficiência energética e gestão de resíduos, enquanto o IDA Siderúrgico foca principalmente em emissões de CO₂ e consumo de energia, sem abordar aspectos como biodiversidade, prevenção de acidentes ambientais ou estratégias de descarbonização de longo prazo. Os resultados evidenciaram que as empresas siderúrgicas analisadas apresentam desempenhos ambientais heterogêneos. Com base nesses achados, foram propostas melhorias para o IDA Siderúrgico, com foco na descarbonização. Sugere-se a incorporação de indicadores como metas de eficiência energética, percentual de energia renovável, gestão de resíduos perigosos, impacto em ecossistemas locais e estratégias de descarbonização, incluindo a adoção de tecnologias como hidrogênio verde, biometano e captura de carbono. Além disso, recomenda-se a adoção de metodologias padronizadas, semelhantes às utilizadas no IDA Ferroviário, que permitam a classificação das empresas conforme seu desempenho ambiental e seu compromisso com a descarbonização. A implementação dessas medidas pode transformar o IDA Siderúrgico em uma ferramenta mais robusta e estratégica, alinhando a indústria siderúrgica brasileira às melhores práticas globais de sustentabilidade e aos compromissos internacionais de redução de emissões de GEE.
Abstract: The steel industry is one of the most environmentally impactful sectors, responsible for approximately 7% of global CO₂ emissions and significant consumption of natural resources, such as water and energy. In this context, the adoption of sustainable practices and the measurement of environmental performance become essential to align the sector with the United Nations Sustainable Development Goals (SDGs), particularly in the context of decarbonization, which aims to reduce greenhouse gas (GHG) emissions and promote the transition to a low-carbon economy. In this scenario, the Environmental Performance Index (EPI) emerges as a crucial tool for assessing and monitoring sustainability in industrial operations. This research aims to analyze the EPI applied to the Brazilian steel industry, comparing it with the indices used in the railway and waterway sectors, and propose improvements for its structure and application, with an emphasis on decarbonization strategies. The methodology included a systematic literature review, analyzing 108 articles published between 2019 and 2024, of which 13 were selected for in-depth discussion. Additionally, sustainability reports from four major Brazilian steel companies were analyzed, along with documents from the Instituto Aço Brasil (IABR) and the World Steel Association (WSA). The comparative analysis of the Railway, Waterway, and Steel EPIs revealed that while the transportation sectors have detailed indicators and standardized methodologies, the Steel EPI lacks transparency and comprehensiveness, especially regarding decarbonization. For instance, the Railway EPI evaluates 8 environmental dimensions, including governance, energy efficiency, and waste management, while the Steel EPI primarily focuses on CO₂ emissions and energy consumption, without addressing aspects such as biodiversity, prevention of environmental accidents, or long-term decarbonization strategies. The results showed that the analyzed steel companies exhibit heterogeneous environmental performances. Based on these findings, improvements for the Steel EPI were proposed, with a focus on decarbonization. The incorporation of indicators such as energy efficiency targets, percentage of renewable energy, hazardous waste management, impact on local ecosystems, and decarbonization strategies—including the adoption of technologies like green hydrogen, biomethane, and carbon capture—is suggested. Furthermore, the adoption of standardized methodologies, similar to those used in the Railway EPI, is recommended to enable the classification of companies according to their environmental performance and their commitment to decarbonization. The implementation of these measures could transform the Steel EPI into a more robust and strategic tool, aligning the Brazilian steel industry with global best practices in sustainability and international commitments to reduce GHG emissions.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/36154
Aparece nas coleções:CT - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental

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