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Título: A auxiliaridade do verbo chegar em português brasileiro
Autor(es): Bertucci, Roberlei Alves
Orientador(es): Foltran, Maria José Gnatta Dalcuche
Palavras-chave: Língua portuguesa - Verbos auxiliares
Língua portuguesa - Verbos
Análise linguística - Verbos
Portuguese language - Auxiliary verbs
Portuguese language - Verb
Linguistic analysis (Linguistics) - Verb
Data do documento: 2007
Editor: Universidade Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: BERTUCCI, Roberlei Alves. A auxiliaridade do verbo chegar em português brasileiro. 2007. 94 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/11555>. Acesso em: 07 ago. 2013.
Resumo: Este trabalho analisa o verbo chegar em sentenças do PB, quando ele é seguido de a+infinitivo. Na literatura, não há consenso no tratamento do verbo na perífrase em foco. Enquanto alguns o consideram um auxiliar, outros não. Esta pesquisa retomou essa discussão e mostrou que o verbo chegar, no contexto estabelecido, responde afirmativamente a todos os critérios apontados como caracterizadores de auxiliaridade. Tendo isso estabelecido, observamos que são atribuídos aos auxiliares os valores de tempo, voz, modo e aspecto. Assim, fomos investigando, uma a uma, todas essas possibilidades. Os valores de tempo e voz foram facilmente descartados. Em seguida, buscamos numa descrição genérica de modalidade alguma pista que nos fizesse ir mais a fundo. Não encontramos e, por isso, descartamos também essa possibilidade. A análise de chegar como auxiliar aspectual tomou mais tempo e espaço neste trabalho, porque há alguns autores que assumem uma análise desse tipo. Primeiro, buscamos caracterizar o aspecto gramatical e ver se as sentenças objetos de investigação poderiam denotar as categorias de aspecto incluídas aí. Concluímos que não. Analisamos, depois, a possibilidade de chegar restringir alguma classe acional. Novamente, os resultados foram negativos. Tendo em vista o comportamento da perífrase nos diferentes contextos, afirmamos que não era possível assumir um valor aspectual para o verbo em questão. Por fim, propomos uma análise para esse verbo que leva em conta não apenas os aspectos sintáticos e semânticos, mas também os pragmáticos: mostramos que o falante, ao utilizar o auxiliar chegar deseja apontar para uma escala, mais precisamente para o ponto argumentativo mais forte dessa escala. Dessa forma, teríamos um auxiliar que não é temporal, modal ou aspectual, mas essencialmente pragmático. O corpus desta pesquisa é composto por sentenças do português brasileiro, falado e escrito, além de sentenças criadas para verificar a compatibilidade de chegar em contextos mais específicos.
Abstract: This work approaches the verb chegar when it is followed by the preposition a and the infinitive form in Brazilian Portuguese. In the literature, there is no consensus about the treatment of the verb in this periphrasis. While some authors consider it an auxiliary verb, others do not. Our research resumed this discussion and showed that chegar, in the context above, confirms all the criteria indicated as indicators of auxiliarity. After that, we noticed that the values of tense, modality, voice and aspect are given to the auxiliaries. Then, we investigated, one by one, all the possibilities. The values of tense and voice were easily rejected. After this, we searched, in a general description of modality, a clue to conduct us deeper in the research. We did not found one and then we rejected this possibility too. The analysis about chegar as an aspectual auxiliary took more time and space in this work, because there are some authors who argues for this kind of analysis. First, we tried to characterize the grammatical aspect and observe whether the sentences could mean the aspectual categories included there. We concluded that they could not. Later, we analyzed the possibility of chegar to restrict some actional class. Again, the conclusions were negative. Bearing in mind the behavior of the periphrasis in the different contexts, we affirm that it was not possible to accept an aspectual value to chegar. At the end, we propose an analysis to this verb that takes into consideration not only the syntactic and semantic aspects, but also the pragmatic one: we show that when the speaker uses the auxiliary chegar, this speaker wishes to point to a scale, more specifically to its strongest argumentative point. In this way, we might have an auxiliary verb which is not temporal, modal or aspectual, but essentially pragmatic. The corpus of this research is composed of sentences from Brazilian Portuguese, spoken and written, and other sentences created to verify the compatibility of chegar in specific contexts.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/551
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