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Título: Relação da temperatura e da umidade relativa com internações e mortes por doenças cardiovasculares, respiratórias e distúrbios mentais
Título(s) alternativo(s): Relationship of temperature and relative humidity with hospitalizations and deaths due to cardiovascular, respiratory, and mental disorders
Autor(es): Silva, Iara da
Orientador(es): Martins, Leila Droprinchinski
Palavras-chave: Mudanças climáticas
Temperatura
Umidade
Sistema cardiovascular - Doenças
Aparelho respiratório - Doenças
Climatic changes
Temperature
Humidity
Cardiovascular system - Diseases
Respiratory organs - Diseases
Data do documento: 22-Set-2020
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Londrina
Citação: SILVA, Iara da. Relação da temperatura e da umidade relativa com internações e mortes por doenças cardiovasculares, respiratórias e distúrbios mentais. 2020. 143 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2020.
Resumo: As mudanças no clima do Paraná, com o aumento gradual das temperaturas e a alteração da umidade relativa, somadas ao envelhecimento populacional, podem representar problemas de saúde pública, dado que cenários futuros preveem alterações ainda mais acentuadas no clima assim como a inversão da pirâmide etária. Sendo assim, essa pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito das temperaturas máximas, mínimas e umidade relativa sobre as internações e mortes por doenças cardiovasculares, respiratórias e mentais em adultos e idosos, de ambos os sexos para o estado do Paraná. Análises estatísticas foram realizadas em séries temporais (1996- 2015) de dados diários de saúde e meteorológicos de domínio público de 16 regiões metropolitanas (representando 84% da área e 85% da população). Os dados de saúde foram estratificados em seis grupos, de acordo com o sexo e a faixa etária para cada região. Para a investigação das características temporais das séries, aplicou-se o teste de Mann-Kendall, em conjunto com bootstrap e a transformada wavelet de Morlet, para os casos de internações e mortes. Para a análise de regressão, foram testadas duas distribuições (Poisson e binomial negativa), ambas inflacionadas ou não de zeros, para a série completa e em percentis. Por fim, foram calculados os riscos relativos (RR) e avaliados os efeitos em até sete dias de defasagem. Os resultados demonstraram que há uma tendência de redução da prevalência de internações por doenças cardiovasculares, respiratórias e mentais, porém um aumento, na maioria das regiões, das mortes por causas respiratórias. A distribuição binomial negativa foi a mais adequada na maioria dos casos e o lag 0 foi o mais significativo, mas com outras defasagens também significativas para alguns grupos e doenças. Altas temperaturas em conjunto com baixas umidades foram os fatores de risco mais relevantes para as internações por doenças cardiovasculares, enquanto as temperaturas mínimas foram os fatores mais significativos para as internações causadas por doenças respiratórias. Os extremos de temperatura, tanto das máximas, como das mínimas, foram os fatores de risco mais importantes para as doenças mentais. Os grupos com idade acima de 60 anos apresentaram maiores riscos para doenças cardiovasculares e respiratórias, enquanto para as doenças mentais, o fator mais significativo foi o grupo de adultos (40- 59 anos). De forma geral, não foram encontradas diferenças entre os resultados dos grupos de homens e mulheres e, na comparação entre as regiões, aquelas com maior índice de urbanização apresentaram riscos, principalmente para doenças respiratórias, enquanto as com menor índice de urbanização, para as doenças cardiovasculares.
Abstract: The changes in the Paraná climate, with a gradual increase in temperatures and changes in the relative humidity, and also taking into account the aging population, may represent problems for public health, given that future scenarios predict even more marked changes in meteorological variables and age pyramid. Thus, this study aimed to evaluate the effects of maximum and, minimum temperatures and, relative humidity on hospitalizations and deaths from cardiovascular, respiratory and mental diseases in adults and the elderly, of both sexes, in the Paraná state. Statistical analyzes were performed on time series (1996-2015) of public health and meteorological data in the public domain from 16 metropolitan regions (representing 84% of the area and 85% of the population). Health data were stratified into six groups, according to sex and an age range for each region. For the investigation of the series temporal characteristics, it was applied Mann-Kendall test in conjunction with bootstrap and a transformed Morlet wavelet, for hospitalizations and deaths. For regression analysis, two distributions (Poisson and binomial negative) were tested, with and without zeros adjustment, by considering the excess or not, for a complete series and percentiles. Finally, the related risks (RR) were calculated and the effects were evaluated up to seven days after the occurrence. The results showed a tendency to reduce the prevalence of cardiovascular, respiratory and mental diseases, but it increases, in the most regions the number of the deaths due to respiratory causes. The negative binomial distribution better fitted the data and the lag 0 was the most significant, but with other lags also significant to some groups and diseases. High temperatures, in conjunction with low temperatures, were the most relevant risk factors for hospitalizations for cardiovascular diseases, while minimum temperatures were the most relevant factor for respiratory diseases. Temperature extremes, both high and low, were the most important risks factors for mental illnesses. Groups over 60 years presented higher risks for cardiovascular and respiratory diseases, while for mental disease, the higher risk was for the adult group (40-59 years). In general, was not found differences between men and women and, when comparing the regions, those with higher urbanization levels were the ones that presented the biggest risks, mainly for respiratory diseases, while those with lower urbanization levels were the ones that stood out for cardiovascular diseases.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5261
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