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Título: Análise do viés atencional para faces em indivíduos depressivos e não depressivos utilizando o eyetracker
Título(s) alternativo(s): Attentional bias for emotional faces in depressed and non-depressed individuals: an eye-tracking study
Autor(es): Figueiredo, Germano Rosa
Orientador(es): Ripka, Wagner Luis
Palavras-chave: Terapia da visão
Olhos - Movimentos
Processamento de imagens - Técnicas digitais
Pessoas depressivas
Interação homem-máquina
Percepção visual
Percepção facial
Depressão mental - Diagnóstico
Pessoas depressivas - Saúde mental
Instrumentos e aparelhos médicos
Visual training
Eye - Movements
Image processing - Digital techniques
Depressed persons
Human-computer interation
Visual perception
Face perception
Depression, Mental - Diagnosis
Depressed persons - Mental health
Medical instruments and apparatus
Data do documento: 18-Jul-2019
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: FIGUEIREDO, Germano Rosa. Análise do viés atencional para faces em indivíduos depressivos e não depressivos utilizando o eyetracker. 2019. 78 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2019.
Resumo: Introdução: As atuais ferramentas de avaliação clínica para o diagnóstico em saúde mental se baseiam, principalmente, no auto relato do paciente, na utilização de testes escritos, na observação e no julgamento feito pelo profissional. Estudos recentes sugerem que os transtornos mentais estão correlacionados ao viés atencional para informações visuais e a análise destes dados podem fornecer informações para o auxílio no diagnóstico complementar destes distúrbios. Objetivo: comparar dados de fixações oculares para faces emocionais durante experimento de observação livre entre indivíduos deprimidos e não deprimidos utilizando a tecnologia de rastreamento ocular Eyetracker. Método: Dados de 69 participantes (44 indivíduos não depressivos e 25 depressivos), com média de idade de 27,2 ±9,2 anos, foram analisados. O experimento foi baseado em uma tarefa de visualização livre de pares de faces, incluindo quatro tipos de expressões: neutra, triste, feliz e raiva. Todos os participantes completaram o Inventário de Depressão de Beck II (BDI-II) para avaliar a gravidade dos sintomas depressivos. Os índices de atenção foram calculados pela: soma do tempo de todos os eventos oculares (fixações, sacadas e piscadas) captados durante o experimento, a soma das durações de fixações coletadas durante a apresentação de faces emocionais, razão entre tempos totais de fixação durante pares de faces e tempos totais de eventos oculares durante pares de faces, tempos totais de fixações sobre cada área de interesse (faces) e tempos totais de fixações sobre áreas fora da área de interesse. Estas análises forneceram dados relativos ao viés atencional. Resultados: Os resultados demonstraram os indivíduos depressivos apresentaram valores significativamente menores quanto às durações das fixações que os indivíduos não depressivos (p = 0,006 – faces felizes; p = 0,034 – faces tristes e p = 0,033 – faces de raiva). A soma total dos eventos oculares dos participantes, que incluiu fixações, sacadas episcadas, também se demonstrou significativamente diferente (p = 0,005) entre os dois grupos (302,4 ± 41,2 – Indivíduos deprimidos; 331,5 ± 39,3 – Indivíduos não deprimidos). Os índices obtidos da comparação entre pontuação atingida no BDI-II e valores de tempos de fixação sobre as expressões faciais apresentam valores com diferença estatística significativa para faces felizes (p = 0,033) entre os participantes com gravidade de sintomas MÍNIMOS e SEVEROS. Conclusão: O estudo demonstrou que indivíduos depressivos apresentaram viés atencional diminuído para as faces emocionais e principalmente para as faces felizes. Diferenças significativas foram encontradas para os eventos oculares, com tempos menores para os indivíduos depressivos. O uso do rastreamento ocular forneceu dados precisos na análise do viés atencional. Com o BDI-II foi possível somente a verificação de gravidade de sintomas depressivos, sem correlação com o viés atencional.
Abstract: Introduction: The current clinical assessment tools for mental health evaluation relies mostly on patient self-report, observation and judgment made by the professional. Recent studies suggest that mental disorders are correlated to attentional bias for visual information. It can be used to assess precise data on correlation with mental disorders. Objective: Compare durations of fixations on emotional faces during a free-viewing task between depressed and non-depressed individuals using eye-tracking technology. Method: Data of 69 participants (44 nondepressed and 25 depressed individuals) were analyzed. The experiment was based on a free-viewing task of pairs of faces, including 4 types of expressions: neutral, sad, happy and angry. All participants completed the Beck Depression Inventory-II (BDI-II) to assess the severity of depressive symptoms. The attention indexes were calculated by total eye events (fixations, saccades and blinks) durations throughout the experiment, total fixation durations during the presentation of emotional faces, ratio between total time of fixation during pairs of faces and total eye events durations during pairs of faces, total fixation duration on each faces and fixations outside the faces. Results: The results showed that depressed individuals had significantly lower values of fixation durations than the non-depressed individuals (p = 0.006 on happy faces; p = 0.034 on sad faces and p = 0.033 on angry faces). The eye events durations were also significantly different between the two groups (302.4 ± 41.2 - Depressed individuals, 331.5 ± 39.3 - Non-depressed individuals) (p = 0.005). The indices obtained from the comparison between BDI-II scores and fixation durations on facial expressions presented values with a statistically significant difference for happy faces (p = 0.033) among participants with severity of MINIMUM and SEVERE symptoms. Conclusion: The study showed that depressed individuals had decreased attentional bias for emotional faces and especially for happy faces. Significant differences were found for ocular events, with shorter times for depressed individuals. The use of eye-tracking provided accurate data for attentional bias analysis. The BDI-II was only useful to verify the severity of depressive symptoms, without correlation with attentional bias.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4314
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