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Título: Estudo da degradação do cloridrato de fluoxetina por peróxido de hidrogênio e composto contendo prata coloidal
Título(s) alternativo(s): Study of the degradation of fluoxetine hidrochloride by hydrogen peroxide and componde containing coloidal silver
Autor(es): Joroski, Vinicius Tiago
Orientador(es): Pagioro, Thomaz Aurélio
Palavras-chave: Fluoxetina
Biodegradação
Peróxido de hidrogênio
Testes de toxicidade
Águas residuais - Purificação
Toxicologia ambiental
Engenharia civil
Fluoxetine
Biodegradation
Hydrogen peroxide
Toxicity testing
Sewage - Purification
Environmental toxicology
Civil engineering
Data do documento: 30-Ago-2017
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: JOROSKI, Vinicius Tiago. Estudo da degradação do cloridrato de fluoxetina por peróxido de hidrogênio e composto contendo prata coloidal. 2017. 95 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2017.
Resumo: Todos os anos, milhares de toneladas de fármacos são descartadas no mundo na forma de efluentes domésticos, industriais e hospitalares, não apenas pelo despejo inadequado de resíduos, mas pela presença destes fármacos na excreção de usuários dos produtos. Por meio de diversos estudos, vem sendo demonstrado o impacto que baixas concentrações destes fármacos no ambiente podem causar aos organismos, além dos corpos aquáticos. Dentre os fármacos que são largamente utilizados no mundo para tratamento de doenças psíquicas, a fluoxetina é o que possui maior representatividade, sendo sua presença também evidente no ambiente. Conforme verificado na bibliografia existente, concentrações deste fármaco puderam ser encontradas em inúmeros casos quando analisadas águas naturais, superficiais e subterrâneas e, nas concentrações encontradas, provocam alterações da vida aquática. Assim sendo, a fim de evitar impactos nos organismos vivos, denota-se que formas de tratamento para estes rejeitos devem ser desenvolvidas para que se possa amenizar o problema. O presente trabalho tem como objetivos estudar o comportamento da fluoxetina em água, avaliado por leitura em espectrofotômetro UVvis, na concentração de 40 mg.L-1 , exposta a diferentes faixas de pH e diferentes processos de degradação realizados em reator GERMETC, com lâmpada UV de 5W, em tempo de exposição de 3 horas. Soluções de fluoxetina foram expostas a combinações de peróxido de hidrogênio a 60 mg.L-1 , prata coloidal a 0,64 mg.L-1 e radiação UV e amostras foram lidas no espectrofotômetro UV-vis em pequenos intervalos de tempo durante as 3 horas de exposição, permitindo análise da evolução da degradação. As amostras expostas aos diversos tratamentos foram submetidas a ensaios toxicológicos segundo a ABNT NBR 12713/2016 (Ecotoxicologia aquática – Toxicologia aguda – Método de ensaio com Daphnias spp) para obtenção dos valores de FTD da solução resultante. Pôde-se observar que houve degradação de fluoxetina quando exposta à radiação UV (22% de redução), indicando atividade quando exposta ao UV, e valor de degradação de 23% quando exposta ao UV na presença de prata coloidal. Quando não exposto à radiação UV, não foi constatada reação significativa do fármaco na presença de peróxido de hidrogênio, na presença de prata ou da combinação dos dois. Quando houve aplicação de radiação UV com de peróxido de hidrogênio, a redução da concentração chegou a 94% e, com a aplicação de radiação com peróxido de hidrogênio e prata coloidal, a redução foi de 92%. Foi encontrado o FTD de 32 para a 1) a fluoxetina na concentração do estudo; 2) para uma amostra que foi armazenada por 5 meses e 3) uma amostra exposta a peróxido de hidrogênio sem radiação UV. Todos os outros ensaios resultaram em aumento na toxicidade para FTD de 128, com exceção da amostra exposta a peróxido de hidrogênio, prata coloidal e radiação UV cujo FTD foi de 64. Constata-se que, por meio deste experimento, mesmo havendo degradação do fármaco, há formação de compostos intermediários que podem ser monitorados com auxílio de um espectrofotômetro e, além disso, estes compostos podem apresentar uma maior toxicidade frente à substância isolada. Como trabalhos futuros, é possível realizar a aplicação no estudo de diferentes concentrações e tempos maiores de exposição, bem como outros Processos Oxidativos Avançados (POAs).
Abstract: Every year, thousands of tons of drugs are disposed of worldwide in the form of domestic, industrial and hospital effluents, not only due to inadequate waste disposal, but also due to the presence of these drugs in the excretion of users of the products. Through several studies, it has been demonstrated the impact that low concentrations of these drugs in the environment can cause to the organisms, besides the aquatic bodies. Among the drugs widely used in the world for the treatment of psychic diseases, fluoxetine is the one that has the most representativeness, and its presence is evident in the environment. As verified in the existing literature, concentrations of this drug could be found in innumerable cases when analyzing natural, surface and underground waters and, in the concentrations found, cause changes in aquatic life. Therefore, in order to avoid impacts on living organisms, it is pointed out that forms of treatment for these wastes should be developed in order to mitigate the problem. The present study aims to study the behavior of fluoxetine in water, evaluated by reading in a UV-vis spectrophotometer at a concentration of 40 mg.L-1 , exposed to different pH ranges and different degradation processes performed in a GERMETC reactor, with 5W UV lamp, at 3 hours exposure time. Fluoxetine solutions were exposed to combinations of hydrogen peroxide at 60 mg.L-1 , colloidal silver at 0.64 mg.L-1 and UV radiation and samples were read on the UV-vis spectrophotometer at minor intervals during 3 hours of exposure, allowing analysis of the evolution of degradation. The samples exposed to the various treatments were submitted to toxicological tests according to ABNT NBR 12713/2016 (Aquatic Ecotoxicology - Acute Toxicology – Daphnias magna. Test Method) to obtain the FTD values of the resulting solution. It was observed that there was degradation of fluoxetine when exposed to UV radiation (22% reduction), indicating activity when exposed to UV, and degradation value of 23% when exposed to UV in the presence of colloidal silver. When not exposed to UV radiation, no significant reaction of the drug was observed in the presence of hydrogen peroxide, in the presence of silver or the combination of the two. When UV radiation and hydrogen peroxide were applied, the concentration reduction reached 94% and, with the application of radiation with hydrogen peroxide and colloidal silver, the reduction was 92%. The FTD of 32 was found for 1) fluoxetine at study concentration; 2) for a sample that was stored for 5 months and 3) a sample exposed to hydrogen peroxide without UV radiation. All other assays resulted in an increase in FTD toxicity of 128, except for the sample exposed to hydrogen peroxide, colloidal silver and UV radiation whose FTD was 64. It was found that, through this experiment, even though there was degradation of the drug, there is formation of intermediate compounds that can be monitored with the help of a spectrophotometer and, in addition, these compounds can present a greater toxicity to the isolated substance. As future works, it is possible to carry out the application in the study of different concentrations and longer exposure times, as well as other Advanced Oxidative Processes (AOPs).
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3323
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