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Título: O Infinito dentro de uma noz: um estudo do Enclausurado de Ian McEwan sob o viés do existencialismo
Título(s) alternativo(s): Infinite in a nutshell: a study of Nutshell, by Ian McEwan on the perspective of existentialism
Autor(es): Mazuchin, Isabella
Orientador(es): Stankiewicz, Mariese Ribas
Palavras-chave: Literatura - Análise
Literatura inglesa
Existencialismo na literatura
Literature - Analysis
English literature
Existentialism in literature
Data do documento: 4-Jul-2019
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Pato Branco
Citação: MAZUCHIN, Isabella. O Infinito dentro de uma noz: um estudo do Enclausurado de Ian McEwan sob o viés do existencialismo. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pato Branco, 2019.
Resumo: Este trabalho consiste em uma análise do romance Enclausurado (2016) de Ian McEwan sob um viés existencialista, com enfoque na teoria de Jean Paul Sartre. Ao longo da pesquisa, o tema teve como base as afirmações do próprio autor que colocam o narrador de seu romance como um herói existencial, e como uma personagem que é puramente uma voz, ou uma consciência. O feto se encaixa na teoria Sartreana enquanto o nada que precede o ser e o compõe, possuindo uma existência que ainda não é definida por nenhuma essência. O feto é um ser sem liberdade de ação, um homem imóvel e preso ao útero materno, assim, poderá definir-se som ente depois de seu nascimento. Além disso, o presente trabalho faz uma leitura do aspecto espacial do romance, apresentando a hipótese de que o espaço intrauterino no qual o feto se encontra corresponde metaforicamente aos limites de sua consciência. Enclausurado foi publicado recentemente e não apresenta muitos estudos a seu respeito, mas por sua inovação e pela importância de seu autor no cenário literário mundial, o romance foi objeto de grande atenção. Este trabalho teve como objetivo analisar o romance Enclausurado sob um viés existencialista, como se articula a existência do feto, bem como a correspondência entre a consciência do narrador e o espaço intrauterino. As análises apresentadas derivam de uma leitura minuciosa de seu objeto de estudo, Enclausurado, além de dois livros teóricos de Sartre (2009) (2014), dentre outros autores e trabalhos relevantes. Em vista disso, o trabalho apresenta incialmente uma explanação sobre o estilo do autor e sua construção de Enclausurado, além de abordar as questões espaciais. Em seguida, é abordado o existencialismo na literatura, e, por se tratar de uma adaptação da famosa peça shakespeariana, fez-se necessária uma compreensão de como as temáticas existencialistas foram abordadas na tragédia. Por fim, é apresentado o surgimento do existencialismo até chegar em Sartre, e são abordados os seus principais conceitos, corroborando com as análises de Enclausurado. Todas as leituras aqui apresentadas levam à conclusão de que a capacidade imaginativa da mente humana é infinita, e que isso se reflete na própria produção literária, pois é na ficção que a consciência do homem se traduz em linguagem escrita, criando uma coleção infinita de ideias e refletindo sobre sua própria condição de existência.
Abstract: This work consists of an analysis of Ian McEwan's novel Nutshell (2016), from an existentialist perspective, with a focus on Jean Paul Sartre's theory. Throughout the research, the theme was based on the author's own statements that put the narrator of his novel as an existential hero, and as a character who is purely a voice, or a consciousness. The fetus fits the Sartrean theory as the nothingness that precedes being and composes it, possessing an existence that is not yet defined by any essence. The fetus is a being without freedom of action, a Motionless man who is attached to the maternal womb, so he will be defined only after his birth. In addition, the present paper makes a reading of the spatial aspect of the novel, presenting the hypothesis that the intrauterine space in which the fetus lives corresponds metaphorically to the limits of its consciousness. Nutshell was published in 2016 and not many studies have been published about it yet, but for its innovation and the importance of its author in the world literary scene, the novel was object of great attention. This work intended to analyze the novel Nutshell from an existentialist perspective, and perceive how the existence of the fetusis articulated, as well as the correspondence between the narrator's consciousness and the intrauterine space. The analyses presented in this work derive from a detailed reading of its object of study, Nutshell, besides two philosophical books of Sartre (2009) (2014), among other authors and relevant works. The paper presents initially an explanation about the style of the author and his construction of Nutshell, besides addressing the spatial issues. Next, we discuss existentialism in other literary texts, and because it is an adaptation of the famous Shakespearean play, it became necessary to understand how existentialism was introduced in the tragedy. Finally, the history of existentialism until Sartre is presented, and its main concepts are approached, corroborating with the analysis of Nutshell. All the readings presented here lead to the conclusion that the imaginative capacity of the human mind is infinite, and that this is reflected in the literary production itself, for it is in fiction that the consciousness of man is translated into written language, creating an infinite collection of ideas and reflecting about their own condition of existence.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24868
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