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Título: O uso de imagens térmicas na avaliação do risco de complicações do pé diabético
Título(s) alternativo(s): The use of thermal images to assess the risk of complications of diabetic foot
Autor(es): Zolet, Cerise Maria de Lima Soffiatti
Orientador(es): Neves, Eduardo Borba
Palavras-chave: Termografia médica
Diabetes mellitus
Diabetes - Complicações e sequelas
Pés - Úlceras
Medical thermography
Diabetes mellitus
Diabetes - Complications
Foot - Ulcers
Data do documento: 14-Out-2020
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: ZOLET, Cerise Maria de Lima Soffiatti. O uso de imagens térmicas na avaliação do risco de complicações do pé diabético. 2020. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2020.
Resumo: O diabetes mellitus é um grave problema de saúde pública que pode causar distúrbios micro e macrovasculares. Uma das complicações mais frequentes é o surgimento de úlceras nos pés, que podem levar à necessidade de amputação. Alterações na temperatura da pele são sinais de anormalidades, e a termografia de infravermelho pode ser uma ferramenta útil na detecção precoce do risco de úlceras do pé diabético. Esse exame capta a radiação térmica da pele e fornece uma imagem com a distribuição da temperatura, de maneira segura, rápida e sem contato. Este trabalho teve por objetivo estudar a distribuição de temperatura da planta dos pés de indivíduos diabéticos e não diabéticos. Participaram do estudo 72 voluntários, sendo 36 diabéticos (10 homens e 26 mulheres) e 36 indivíduos não diabéticos (12 homens e 24 mulheres). Foram adquiridas imagens térmicas da face e planta dos pés. Os pés foram, então, submetidos a um teste de estresse ao frio, após o qual foi adquirida nova imagem térmica. Nas análises estatísticas, foram adotados testes não paramétricos. No grupo de diabéticos, foi obtida correlação negativa entre a idade e a temperatura da testa (ρ= -0,492; p<0,01), e positiva entre a temperatura da testa e a temperatura dos pés, obtida antes do estresse térmico (ρ=0,355; p<0,05). No grupo de não diabéticos, a correlação foi positiva entre idade e temperatura dos olhos (ρ=0,367; p<0,05), e negativa entre idade e assimetria térmica dos pés, antes do estímulo com frio (ρ= -0,365; p<0,05). Não foi observada diferença significativa entre os grupos, na temperatura média dos pés. A análise da assimetria térmica entre os pés revelou valor significativamente maior (p<0,001) nos indivíduos diabéticos (0,74°C), do que entre os voluntários não diabéticos (0,26°C). Na diferença de temperatura entre calcanhar e cada dedo foi observada diferença significativa entre os grupos, estando os diabéticos com a temperatura dos dedos bem mais alta que a do calcanhar, especialmente no hálux (1,7°C mais alta). A maior diferença de temperatura entre os dedos após o estresse térmico também foi significativamente maior (p<0,001) no grupo de diabéticos (1,85°C), do que no grupo de não diabéticos (0,95°C). Com base nesses resultados, recomenda-se a utilização das análises termográficas relacionadas às temperaturas dos dedos (diferença de temperatura entre calcanhar e dedos e diferença entre os dedos), uma vez que as diferenças entre os grupos foram significativas, e a avaliação pode ser feita em cada pé separadamente, sem a necessidade de comparar regiões correspondentes dos dois pés.
Abstract: Diabetes mellitus is a serious public health problem that can cause micro and macrovascular disorders. One of the most frequent complications is the appearance of foot ulcers, which can lead to the need for amputation. Changes in skin temperature are signs of abnormalities, and infrared thermography can be a useful tool in the early detection of the risk of diabetic foot ulcers. This examination captures the thermal radiation of the skin and provides an image with the temperature distribution, in a safe, fast and non-contact way. This work aimed to study the temperature distribution of the soles of diabetic and non-diabetic individuals. Seventy-two volunteers participated in the study, being 36 diabetic (10 men and 26 women) and 36 non-diabetic individuals (12 men and 24 women). Thermal images of the face and soles were acquired. The feet were then subjected to a cold stress test, after which a new thermal image was acquired. In statistical analysis, non-parametric tests were adopted. In the diabetic group, a negative correlation was obtained between age and forehead temperature (ρ= -0.492; p<0.01), and a positive correlation between forehead temperature and foot temperature, obtained before the thermal stress (ρ= 0.355; p<0.05). In the non-diabetic group, the correlation was positive between age and temperature of the eyes (ρ= 0.367; p<0.05), and negative between age and thermal asymmetry of the feet, before the cold stimulus (ρ= -0.365; p<0.05). There was no significant difference between the groups in the mean feet temperature. The analysis of thermal asymmetry between the feet revealed a significantly higher value (p<0.001) in diabetic individuals (0.74°C), than among non-diabetic volunteers (0.26°C). In the temperature difference between the heel and each toe, a significant difference was observed between the groups, and diabetic individuals showed the temperature of the toes much higher than that of the heel, especially in the hallux (1.7°C higher). The greatest temperature difference between the toes after the cold stress test was also significantly greater (p<0.001) in the diabetic group (1.85°C), than in the non-diabetic group (0.95°C). Based on these results, it is recommended to use thermographic analysis related to the temperatures of the toes (temperature difference between heel and toes and difference between toes), since the differences between the groups were significant, and the assessment can be made on each foot separately, without the need to compare corresponding regions of the two feet.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23565
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