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Título: Controle da podridão azul em maçãs utilizando revestimento comestível elaborado com composto antifúngico de levedura antagonista
Título(s) alternativo(s): Control of blue mold rot in apples using an edible coating containing antifungal compounds from killer yeast
Autor(es): Ferreira, Fabiana Fiusa
Orientador(es): Coelho, Alexandre Rodrigo
Palavras-chave: Antimicóticos
Leveduras
Mofo (Botânica)
Maçâ - Conservação
Antifungal agents
Yeast
Molds (Fungi)
Apples - Conservation
Data do documento: 28-Fev-2020
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Londrina
Citação: FERREIRA, Fabiana Fiusa. Controle da podridão azul em maçãs utilizando revestimento comestível elaborado com composto antifúngico de levedura antagonista. 2020. 64 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2020.
Resumo: O bolor azul, causado por Penicillium expansum, é a podridão pós-colheita mais comum em maçãs. A utilização de revestimentos e a adição de leveduras como agentes de controle biológico é uma alternativa para evitar as perdas pós-colheita. O objetivo desse trabalho foi avaliar o controle da podridão azul em maçãs utilizando revestimento comestível elaborado com composto antifúngico de levedura antagonista. A partir de um teste piloto realizado com 80 frutos, foram determinados a ordem de aplicação do revestimento e ferimento dos frutos, e os intervalos de observação. A fase experimental consistiu de três tratamentos (frutos com revestimento em solução aquosa - RFA, frutos com revestimento elaborado com composto antifúngico – RFEB e frutos sem revestimento), totalizando 279 frutos. Os ferimentos foram realizados após a aplicação dos revestimentos, seguido de inoculação de 10 µL contendo 105 conídios de P. expansum/mL. O acompanhamento da doença nos frutos armazenados a 25ºC por 12 dias foi realizado em intervalos de 2 dias, por meio da determinação da porcentagem de frutos doentes, porcentagem de ferimentos infectados, e porcentagem de controle da lesão. Análises físico-químicas (pH e sólidos solúveis) e perda de massa também foram realizadas. Paralelamente, os revestimentos foram analisados por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O revestimento elaborado com composto antifúngico - RFEB não impediu a incidência da doença e a infecção, porém foi efetivo no controle da severidade doença, com valor médio de 47,6% no controle das lesões, quando comparado com o revestimento controle – RFA (10,5%). O controle das lesões nos frutos RFEB foi significativo a partir do quarto dia de armazenamento, atingindo 54,1% após 12 dias, enquanto que o controle nos frutos RFA foi de apenas 12,7% no final do experimento. Enquanto os teores de pH mantiveram-se estáveis, com variação 0,3 nos frutos controle, nos frutos com revestimento RFA e naqueles com revestimento antifúngico, o aumento nos teores de sólidos solúveis foi de 2,1, 3,8 e 2,4 °Brix, respectivamente. Portanto, os parâmetros físico-químicos não foram considerados fatores limitantes para o desenvolvimento do fungo, reforçando que o controle ocorreu pelo efeito protetor do revestimento, principalmente o antifúngico. Os tratamentos RFA e RFEB apresentaram menor perda de massa quando comparado com o controle aos 12 dias de armazenamento. O composto antifúngico presente no RFEB foi eficaz contra o desenvolvimento micelial de Penicillium expansum, indicando perspectivas de aplicação para o controle da podridão azul em maçãs pós-colheita.
Abstract: Blue mold, caused by Penicillium expansum, is the most common post-harvest rot disease in apples. Food coating and biological control agents, such as killer yeasts, are alternative strategies to reduce post-harvest losses. This dissertation aimed to investigate the control of blue rot in apples with an edible coating containing yeast killer toxins. A preliminary test was performed with 80 fruits to determine the order of coating application, fruit wounding procedures, and sampling intervals. The experiment consisted of three treatments (CF, fruits coated with an aqueous solution edible coating; KCF, fruits coated with an edible coating containing yeast killer toxins; and UF, uncoated fruits), totaling 279 fruits. After coating application, the fruits were wounded and inoculated with 10 µL suspension containing 105 conidia of P. expansum per milliliter. Fruits were stored at 25 °C for 12 days and evaluated at 2- day intervals for determination of the percentage of diseased fruits, infected wounds, and wound closure. Physicochemical parameters (pH and soluble solids) and fruit weight loss were also determined. Coatings were examined by scanning electron microscopy. The coating containing antifungal compounds did not decrease rot incidence or wound infection rate but reduced disease severity, as shown by the 47.6% wound closure in KCF compared with 10.5% in CF. Wound closure was significantly higher in KCF from the fourth day of storage onward, reaching 54.1% after 12 days. CF showed a wound closure of only 12.7% at the end of the storage period. Fruit pH remained practically stable during storage, with a variation of 0.3 in UF, in CF, and in KCF. During the 12 days of storage, soluble solids increased by 2.1, 3.8, and 2.4 °Brix in UF, CF, and KCF, respectively. These results indicate that physicochemical properties were not limiting factors for fungal development and suggest that fungal control was achieved through the protective and antagonistic effects of the coatings. CF and KCF showed a lower weight loss than UF after 12 days of storage. Antifungal compounds present in KFC were effective in inhibiting P. expansum mycelial development, showing great potential for the post-harvest control of blue mold in apples.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4860
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