Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4514
Título: Tolerância de cultivares de feijão (phaseolus vulgaris l.) aos herbicidas inibidores da enzima protoporfirinogênio oxidase
Título(s) alternativo(s): Tolerance of bean cultivars (Phaseolus vulgaris L.) to protoporphyrinogen oxidase inhibitory herbicides
Autor(es): Brusamarello, Antonio Pedro
Orientador(es): Trezzi, Michelangelo Muzell
Palavras-chave: Feijão-comum
Ervas daninhas - Controle
Herbicida
Common bean
Weeds - Control
Herbicides
Data do documento: 28-Mai-2019
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Pato Branco
Citação: BRUSAMARELLO, Antonio Pedro. Tolerância de cultivares de feijão (phaseolus vulgaris l.) aos herbicidas inibidores da enzima protoporfirinogênio oxidase. 2019. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2019.
Resumo: Para a cultura do feijão existem poucos herbicidas registrados que exercem seletividade à cultura e sejam eficientes no controle de espécies daninhas de folhas largas. Um dos fatores que contribui para a escassez de herbicidas registrados é a elevada sensibilidade do feijão aos mesmos. Isso ressalta a grande importância de pesquisas investigando a tolerância do feijão a herbicidas que ainda não possuem registro à cultura, como novas alternativas para o controle das plantas daninhas. Estudos recentes comprovaram a existência de variabilidade de tolerância de cultivares feijão ao herbicida saflufenacil, inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase (Protox), quando aplicado na modalidade de pré-emergência da cultura. O presente trabalho teve por objetivo investigar a tolerância do feijão aos herbicidas inibidores da Protox. Os experimentos foram executados para determinar: (1) a tolerância diferencial do herbicida safluenacil nas modalidades de pré e pós-emergência; (2) a existência de níveis diferenciados de tolerância entre cultivares de feijão; (3) a tolerância a herbicidas de diferentes grupos químicos inibidores da Protox; (4) a seletividade de diferentes doses de saflufenacil e sulfentrazone em em cultivares de feijão e o efeito no controle de plantas daninhas; e (5) mecanismos de tolerância baseados na metabolização dos herbicidas. Os resultados permitem inferir que os níveis de tolerância do feijoeiro ao saflufenacil são muito superiores na modalidade de pré-emergência, em relação à pós-emergência, em que doses muito reduzidas de saflufenacil causam a morte das plantas. Dentre as cultivares testadas, a BRSMG Talismã e a IAC Milênio apresentaram, respectivamente, a maior e menor tolerância ao saflufenacil (20,5 g ha-1). A tolerância aos herbicidas saflufenacil, sulfentrazone, flumioxazin e fomesafen aplicados em pré-emergência depende da cultivar e da dose utilizada, não havendo um padrão de tolerância cruzada aos inibidores da Protox nas cultivares. Em condições de campo, saflufenacil apresentou controle satisfatório das plantas daninhas apenas na dose de 52,5 g ha-1, a qual causou elevada fitotoxicidade para o feijão. Sulfentrazone (400 g ha-1) apresentou nível satisfatório de controle das plantas daninhas e seletividade para as cultivares BRSMG Talismã e IPR Tuiuiú, demonstrando bom potencial para ser empregado em pré-emergência em solo do tipo latossolo. Em ensaios em casa-de-vegetação, o aumento da tolerância da cultivar sensível com uso do protetor mefenpyr-diethyl e a redução da tolerância da cultivar tolerante com o inibidor clorpirifós, sugerem que a metabolização está envolvida no mecanismo de tolerância aos inibidores da Protox. Conclui-se que o nível de tolerância manifestada em pré-emergência é dependente da cultivar e do herbicida empregado, sugerindo o envolvimento da metabolização do herbicida como um dos mecanismos de tolerância do feijão aos inibidores da enzima Protox.
Abstract: For bean crop there are few registered herbicides that exert crop selectivity and are efficient in controlling broadleaf weeds. This underscores the great importance of research investigating the tolerance of the bean to herbicides that do not yet have a record to the crop, as new alternatives for the control of weeds. Recent studies have confirmed the existence of variability of tolerance of bean cultivars to saflufenacil herbicide, inhibitor of the protoporphyrinogen oxidase (Protox) enzyme, when applied in the pre-emergence mode of the culture. The present work aimed to investigate the tolerance of beans to herbicides inhibitors of Protox enzyme. The experiments were performed to determine: (1) the differential tolerance of safluenacil herbicide in pre and post emergence modalities; (2) the existence of different tolerance levels among bean cultivars; (3) herbicide tolerance of different Protox inhibitor chemical groups; (4) the selectivity of different doses of saflufenacil and sulfentrazone in bean cultivars and the effect on weed control; and (5) tolerance mechanisms based on herbicide metabolism. The results allow us to infer that the bean tolerance levels to saflufenacil are much higher in the preemergence modality than the postemergence, in which very low doses of saflufenacil cause plant death. Among the cultivars tested, BRSMG Talismã and IAC Milênio presented, respectively, the highest and lowest tolerance to saflufenacil (20.5 g ha-1). The tolerance to the saflufenacil, sulfentrazone, flumioxazin and fomesafen herbicides applied in pre-emergence depends on the cultivar and dose used, and there is no cross tolerance pattern to Protox inhibitors in the cultivars. In field conditions, saflufenacil presented satisfactory control of weeds only at the dose of 52.5 g ha-1, which caused high phytotoxicity to the bean. Sulfentrazone (400 g ha-1) showed satisfactory level of weed control and selectivity for the cultivars BRSMG Talismã and IPR Tuiuiú, showing good potential to be used in pre-emergence on latosol type soil. In greenhouse trials, increased tolerance of the sensitive cultivar with mefenpyr-diethyl protector and the reduction of tolerance of the tolerant cultivar to the chlorpyrifos inhibitor, suggest that the metabolism is involved in the mechanism of tolerance to Protox inhibitors. It is concluded that the tolerance level manifested in pre-emergence is dependent on the cultivar and herbicide employed, suggesting the involvement of herbicide metabolism as one of the mechanisms of bean tolerance to Protox enzyme inhibitors.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4514
Aparece nas coleções:PB - Programa de Pós-Graduação em Agronomia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
PB_PPGAG_D_Brusamarello, Antonio Pedro_2019.pdf2,98 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.