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http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/36914
Título: | Perfil nutricional e saúde óssea de idosos: alimentação e sintomas gastrointestinais como fatores interferentes |
Título(s) alternativo(s): | Nutritional status and bone health of elderly people: dietary patterns and gastrointestinal symptoms as interfering factors |
Autor(es): | Yamaguishi, Tsuani Effting |
Orientador(es): | Matos, Oslei de |
Palavras-chave: | Quedas (Acidentes) em idosos Ossos - Densidade Idosos - Nutrição - Análise Sistema gastrointestinal Osteoporose Falls (Accidents) in old age Bones - Density Older people - Nutrition - Analysi Gastrointestinal system Osteoporosis |
Data do documento: | 13-Fev-2025 |
Editor: | Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
Câmpus: | Curitiba |
Citação: | YAMAGUISHI, Tsuani Effting. Perfil nutricional e saúde óssea de idosos: alimentação e sintomas gastrointestinais como fatores interferentes. 2025. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2025. |
Resumo: | Introdução: O envelhecimento populacional associado o aumento na incidência de quedas e fraturas estão fortemente associados a taxas mais elevadas de morbidade e mortalidade. Fatores como dieta e atividade física têm papel relevante na densidade mineral óssea (DMO), sendo o BMD Diet Score uma ferramenta desenvolvida para avaliar a influência da alimentação nesse tipo de desfecho. Alterações gastrointestinais relacionadas à idade também podem impactar a absorção de nutrientes e a saúde óssea, com possíveis interações entre a microbiota intestinal e o metabolismo ósseo. Objetivo: Analisar padrões alimentares, sintomas gastrointestinais e a aplicabilidade do BMD-Diet Score em relação à DMO em idosos. Métodos: Este estudo quantitativo, descritivo e correlacional incluiu 71 idosos (≥60 anos) residentes da comunidade e cadastrados em Unidades Básicas de Saúde de Curitiba e região. Foram coletados dados sociodemográficos, de saúde, composição corporal (DXA), avaliação de fragilidade (IVCF-20), nível de atividade física (IPAQ versão curta) e sintomas gastrointestinais (Escala GSRS). O consumo alimentar foi avaliado por registro alimentar de 3 dias, com análise de nutrientes e cálculo do BMDDiet Score. As análises de correlação foram realizadas através dos testes de regressão linear múltipla e regressão logística binária (odds). Resultados: A análise de regressão linear múltipla mostrou que o consumo de proteína (g/kg/peso) teve uma associação negativa significativa com a densidade mineral óssea (DMO) (β = - 2,589911; p = 0,001), enquanto o cálcio apresentou uma associação positiva significativa (β = 0,0025391; p = 0,000). Na análise dos grupos alimentares, a regressão logística binária indicou associações negativas significativas entre o consumo de verduras (OR = 0,9720; IC 95% [0,9477 – 0,9970]; p = 0,0282) e frutas (OR = 0,9892; IC 95% [0,9790 – 0,9996]; p = 0,0411) com a DMO baixa. Em contrapartida, o consumo de carnes vermelhas, processadas e suínas apresentou uma associação positiva com a DMO baixa (OR = 1,0313; IC 95% [1,0032 – 1,0602]; p = 0,0287). No entanto, na regressão linear múltipla, apenas o grupo “Carnes Vermelhas/Processadas/Suínas” manteve uma relação negativa significativa com a DMO (β = 0,006741; p = 0,001). A pontuação do BMD-Diet Score revelou uma associação positiva significativa com a DMO, tanto na regressão linear múltipla (β = 0,1132078; p = 0,000) quanto na análise logística (OR = 0,6290; IC 95% [0,4942 – 0,8006]; p = 0,0002). Não foram encontradas associações significativas entre sintomas gastrointestinais ou níveis de atividade física com a DMO. Entre as variáveis de controle, apenas o “sexo feminino” apresentou uma correlação negativa significativa com a DMO. Conclusão: Este estudo evidenciou possíveis associações significativas entre padrões alimentares e DMO em idosos, destacando o papel protetor do consumo de cálcio e da maior ingestão de frutas e vegetais, bem como o impacto negativo do aumento no consumo de proteínas (g/kg de peso), especialmente das provenientes de carnes vermelhas, processadas e suínas. Além disso, a associação positiva entre maiores pontuações no BMD-Diet Score e a DMO reforça a possível aplicabilidade desse índice como uma ferramenta prática para integrar aspectos dietéticos à saúde óssea, contribuindo para estratégias nutricionais mais direcionadas e eficazes. |
Abstract: | Introduction: Global population aging raises significant public health concerns, such as the increasing incidence of falls and fractures, which are strongly associated with higher morbidity and mortality rates. Factors such as diet and physical activity play a crucial role in fracture risk, with the BMD Diet Score being a tool developed to assess the influence of diet on bone mineral density (BMD). Age-related gastrointestinal changes may also impact nutrient absorption and bone health, with potential interactions between gut microbiota and bone metabolism. Objective: To analyze dietary patterns, gastrointestinal symptoms, and the applicability of the BMD Diet Score in relation to BMD in older adults. Methods: This quantitative, descriptive, and correlational study included 71 older adults (≥60 years) living in the community and registered at Primary Healthcare Units in Curitiba and surrounding regions. Data collection involved sociodemographic and health information, body composition analysis using DXA, frailty assessment with the IVCF-20, physical activity level using the short-form IPAQ, and gastrointestinal symptoms through the GSRS and complementary scales. Dietary intake was assessed using a 3-day food record, with nutrient analysis and calculation of the BMD Diet Score. Correlation analyses were performed using multiple linear regression and binary logistic regression (odds ratio). Results: Multiple linear regression analysis showed that protein intake (g/kg/body weight) was significantly negatively associated with BMD (β = -2.589911; p = 0.001), while calcium intake had a significant positive association (β = 0.0025391; p = 0.000). Regarding food groups, binary logistic regression revealed significant negative associations between the consumption of vegetables (OR = 0.9720; 95% CI [0.9477– 0.9970]; p = 0.0282) and fruits (OR = 0.9892; 95% CI [0.9790–0.9996]; p = 0.0411) with low BMD. Conversely, the consumption of red, processed, and pork meats was positively associated with low BMD (OR = 1.0313; 95% CI [1.0032–1.0602]; p = 0.0287). However, in multiple linear regression, only the “Red/Processed/Pork Meats” group maintained a significant negative relationship with BMD (β = -0.006741; p = 0.001). The BMD Diet Score was significantly positively associated with BMD in both multiple linear regression (β = 0.1132078; p = 0.000) and logistic regression analysis (OR = 0.6290; 95% CI [0.4942–0.8006]; p = 0.0002). No significant associations were found between gastrointestinal symptoms or physical activity levels and BMD. Among control variables, only “female gender” showed a significant negative correlation with BMD. Conclusion: This study identified significant associations between dietary patterns and bone mineral density (BMD) in older adults, highlighting the protective role of calcium intake and higher consumption of fruits and vegetables, as well as the negative impact of increased protein intake (g/kg body weight), particularly from red, processed, and pork meats. Furthermore, the positive association between higher BMD Diet Score values and BMD reinforces the applicability of this index as a practical tool to integrate dietary aspects into bone health strategies, contributing to more targeted and effective nutritional interventions. |
URI: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/36914 |
Aparece nas coleções: | CT - Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
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