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http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/36785
Título: | Impacto da temperatura nos antioxidantes da farinha de canola fermentada com Aureobasidium pullulans |
Título(s) alternativo(s): | Impact of Temperature on Antioxidants in Canola Meal Fermented with Aureobasidium pullulans |
Autor(es): | Drum, Anye Catharine Nora |
Orientador(es): | Morita, Reinaldo Yoshio |
Palavras-chave: | Canola Antioxidantes Controle de temperatura Canola Antioxidants Temperature control |
Data do documento: | 12-Dez-2024 |
Editor: | Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
Câmpus: | Dois Vizinhos |
Citação: | DRUM, Anye Catharine Nora. Impacto da temperatura nos antioxidantes da farinha de canola fermentada com Aureobasidium pullulans. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2024. |
Resumo: | A farinha de canola é um subproduto da extração do óleo das sementes de canola (Brassica napus), rica em proteínas, fibras e compostos bioativos, especialmente antioxidantes. Após a extração do óleo, o resíduo sólido passa por processos como tostagem e granulação, sendo utilizado amplamente na alimentação animal devido ao seu elevado teor proteico. No entanto, pesquisas recentes exploram seu potencial para consumo humano e aplicação na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica. Os compostos fenólicos e peptídeos bioativos presentes na farinha de canola têm propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, o que amplia suas possibilidades de uso. Diversos estudos indicam que o processo de fermentação pode melhorar a disponibilidade desses compostos, aumentando seu valor nutricional e funcional. O processo de secagem é essencial para a conservação e uso da farinha de canola, especialmente após a fermentação. A secagem reduz o teor de água, facilitando o armazenamento e evitando degradação microbiana. No entanto, a temperatura é um fator crítico, pois afeta a estabilidade dos antioxidantes presentes. Temperaturas mais baixas, como 40°C, ajudam a preservar compostos fenólicos, enquanto temperaturas ligeiramente mais altas, como 60°C, podem intensificar a atividade antioxidante de alguns compostos hidrossolúveis. A seleção da temperatura ideal equilibra a desidratação eficiente com a manutenção da integridade dos antioxidantes, promovendo o valor nutricional e funcional do produto. Este estudo investigou o impacto de diferentes temperaturas de secagem nos compostos fenólicos e na atividade antioxidante da farinha de canola fermentada com Aureobasidium pullulans, com o objetivo de otimizar condições de processamento para potencializar o valor desse subproduto agroindustrial. A fermentação com A. pullulans foi selecionada por sua capacidade de liberar antioxidantes, facilitada pela produção de enzimas que degradam a matriz celular vegetal, aumentando a disponibilidade desses compostos. Após a fermentação, a farinha foi submetida à secagem em três temperaturas distintas (40, 50 e 60°C). A taxa de dessorção de água foi monitorada, enquanto a concentração de fenólicos totais foi determinada pelo método de FolinCiocalteu e a atividade antioxidante foi analisada pelos métodos DPPH e ABTS. Os resultados mostraram que a secagem a 40°C foi mais eficaz na preservação de compostos fenólicos, indicando que o aumento de temperatura pode levar à degradação desses compostos. Em contrapartida, a temperatura de 60°C demonstrou a maior atividade antioxidante pelo método ABTS, indicando que essa temperatura favorece a liberação de compostos antioxidantes hidrossolúveis ou a formação de novos compostos que reagem com o ABTS. O método DPPH, focado em compostos lipofílicos, não apresentou diferença significativa entre as temperaturas, sugerindo que os antioxidantes lipofílicos são menos afetados pela secagem térmica. Esses achados destacam a importância de controlar a temperatura de secagem, sendo que temperaturas moderadas como 40°C são recomendadas para preservar compostos fenólicos, enquanto 60°C pode ser vantajoso para a atividade antioxidante hidrofílica sem grandes perdas de compostos termossensíveis. |
Abstract: | Canola meal is a by-product of oil extraction from canola seeds (Brassica napus), rich in protein, fiber, and bioactive compounds, particularly antioxidants. After oil extraction, the solid residue undergoes processes such as toasting and granulation and is widely used in animal feed due to its high protein content. However, recent research explores its potential for human consumption and applications in the food, cosmetic, and pharmaceutical industries.The phenolic compounds and bioactive peptides in canola meal have antioxidant, antimicrobial, and anti-inflammatory properties, broadening its range of applications. Studies indicate that fermentation can enhance the availability of these compounds, increasing their nutritional and functional value. The drying process is essential for the preservation and use of canola meal, especially after fermentation. Drying reduces moisture content, facilitates storage, and prevents microbial degradation. However, temperature is a critical factor, as it affects the stability of antioxidants. Lower temperatures, like 40°C, help preserve phenolic compounds, while slightly higher temperatures, like 60°C, may enhance the antioxidant activity of certain water-soluble compounds. Choosing the optimal temperature balances efficient dehydration with the maintenance of antioxidant integrity, promoting the nutritional and functional value of the product. This study investigates the impact of different drying temperatures on phenolic compounds and antioxidant activity in canola meal fermented with Aureobasidium pullulans, aiming to optimize processing conditions to maximize the value of this agro-industrial by-product. Fermentation with A. pullulans was chosen for its ability to release antioxidants, facilitated by enzymes that break down the plant cell matrix, increasing the availability of these compounds. After fermentation, the meal was dried at three distinct temperatures (40°C, 50°C, and 60°C). The rate of water desorption was monitored, while total phenolics were determined by the Folin-Ciocalteu method, and antioxidant activity was assessed using DPPH and ABTS methods. Results showed that drying at 40°C was most effective for preserving phenolic compounds, indicating that increased temperature may lead to degradation of these compounds. Conversely, drying at 60°C exhibited the highest antioxidant activity in the ABTS method, suggesting that this temperature favors the release of water-soluble antioxidants or the formation of new compounds that react with ABTS. The DPPH method, focused on lipophilic compounds, showed no significant differences between temperatures, suggesting that lipophilic antioxidants are less affected by thermal drying. These findings highlight the importance of controlling drying temperature, with moderate temperatures like 40°C recommended for preserving phenolics, while 60°C may enhance hydrophilic antioxidant activity without substantial losses of heat-sensitive compounds. |
URI: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/36785 |
Aparece nas coleções: | DV - Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia |
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