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Título: Desinfestação e estabelecimento in vitro de Louro-pardo (Cordia trichotoma (Vell.) Arrabida ex Steudel)
Título(s) alternativo(s): Disinfestation and in vitro establishment of Louro-pardo (Cordia trichotoma (Vell.) Arrabida ex Steudel)
Autor(es): Olenka, Amanda Gabrielly Coelho
Orientador(es): Wendt, Simone Neumann
Palavras-chave: Árvores - Mudas
Plantas - Propagação
Tecidos vegetais - Cultura e meios de cultura
Trees - Seedlings
Plant propagation
Plant tissue culture
Data do documento: 21-Ago-2024
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Dois Vizinhos
Citação: OLENKA, Amanda Gabrielly Coelho. Desinfestação e estabelecimento in vitro de Louro-Pardo (Cordia trichotoma (Vell.) Arrabida ex Steudel). 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2024.
Resumo: Visando suprir a demanda crescente por madeira de boa qualidade, estudos têm sido realizados. O louro-pardo (Cordia trichotoma (Vell.) Arrabida ex Steudel) é espécie florestal nativa, com madeira de boa qualidade e ampla aplicação. A produção de mudas para seu plantio comercial, por meio de sementes, não é a melhor estratégia, devido à recalcitrância, à germinação lenta e irregular e à heterogeneidade obtida pela propagação sexuada. A propagação vegetativa é uma alternativa para a obtenção de plantios uniformes e de alto padrão. Sendo a micropropagação uma alternativa para suprir a demanda de mudas dessa espécie. Para que a micropropagação possa ser realizada, é necessária a existência de protocolo eficiente para a desinfestação e estabelecimento in vitro, possibilitando etapas posteriores. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes estratégias de desinfestação e estabelecimento in vitro de louro-pardo. Os explantes utilizados foram segmentos nodais provenientes de árvores de grande produtividade, localizadas na UNEPE Caprinovinocultura, na UTFPR Campus-DV. Foram realizados ensaios de vedação e esterilidade e de desinfestação e estabelecimento in vitro. O ensaio de vedação e esterilidade testou quatro formas de vedação: Papel alumínio (T1), tampão de algodão (T2), tampa de kimble (T3) e tubo Falcon (T4). Foram feitas cinco repetições de cada tratamento. Foram realizados três ensaios de desinfestação e estabelecimento in vitro. O primeiro ensaio avaliou a eficiência do álcool 70% por um minuto, seguido de hipoclorito de sódio, com 1,0%, de cloro ativo por cinco minutos, na desinfestação dos explantes, além de avaliar tanto a lavagem prévia em solução de ácido ascórbico (250 mg L-1) e ácido cítrico (150 mg L-1), quanto a adição de carvão ativado (2 g L-1), no controle da oxidação. Foram quatro tratamentos com oito repetições de cada. O segundo ensaio avaliou o efeito da lavagem em solução de nistatina (40000 ui L-1), no controle da contaminação fúngica e a eficiência da desinfestação utilizando álcool 70% por um minuto, seguido de hipoclorito de sódio, com 1,0%, de cloro ativo por dez minutos. Foram quatro tratamentos, com oito repetições de cada. O terceiro ensaio avaliou a eficiência do hipoclorito de sódio, com 1,0% ou 1,5% de cloro ativo, sozinho ou combinado com Lysoform 40%, além do uso apenas de Lysoform, no controle da contaminação. Foram 10 tratamentos com oito repetições de cada. As avaliações foram feitas de maneira visual, após sete dias. Para o ensaio de vedação e esterilidade foi avaliado a percentagem de tubos sem contaminação aparente. Nos ensaios de desinfestação e estabelecimento in vitro, foram avaliadas as percentagens de sobrevivência, de oxidação e de contaminação. Os resultados demonstraram que o tubo Falcon apresentou maior eficiência na vedação dos tubos e que a lavagem prévia com solução de ácido cítrico e ascórbico reduziu os níveis de oxidação. Os níveis de contaminação mantiveram-se elevados, indicando contaminação endógena e/ou a necessidade de tratamento fitossanitário da planta matriz O presente trabalho serve como base para estudos posteriores sobre o estabelecimento in vitro da espécie.
Abstract: In order to meet the growing demand for good quality wood, studies have been carried out. The Louro-pardo (Cordia trichotoma (Vell.) Arrabida ex Steudel) is a native forest species, with good quality wood and wide application. The production of seedlings for comercial plantations of louro-pardo by means of seeds is not the best strategy, due to recalcitrance, slow and irregular germination and heterogeneity obtained by sexual propagation. Vegetative propagation is an alternative to obtain uniform and high-standard plantations. Micropropagation is an alternative to meet the demand for seedlings of this species. In order for micropropagation to be carried out, it is necessary to have an efficient protocol for disinfestation and in vitro establishment, enabling subsequent steps. In this sense, the presente study aimed to evaluate different strategies for disinfestation and in vitro establishment of louro-pardo. The explants used were nodal segments from trees of high productivity, located at UNEPE Caprinovinocultura, at UTFPR Campus-DV. Sealing and sterility assays and in vitro disinfestation and establishment were performed. The sealing and sterility test tested four sealing methods: Aluminum foil (T1), cotton cap (T2), kimble cap (T3) and Falcon tube (T4). Five repetitions of each treatment were performed. Three disinfestation and in vitro establishment trials were carried out. The first trial evaluated the efficiency of 70% alcohol for one minute, followed by sodium hypochlorite, with 1.0%, of active chlorine for five minutes, in the disinfestation of the explants, in addition to evaluating both the previous washing in a solution of ascorbic acid (250 mg L-1) and citric acid (150 mg L-1), as well as the addition of activated charcoal (2 g L-1), in the control of oxidation. There were four treatments with eight replicates of each. The second trial evaluated the effect of washing in a 40000 iu/L nystatin solution in the control of fungal contamination and the efficiency of disinfestation using 70% alcohol for one minute, followed by sodium hypochlorite with 1.0% of active chlorine for ten minutes. There were four treatments, with eight replications of each. The third trial evaluated the efficiency of sodium hypochlorite, with 1.0% or 1.5% active chlorine, alone or combined with Lysoform 40%, in addition to the use of Lysoform alone, in controlling contamination. There were 10 treatments with eight replications of each. The evaluations were made visually, after seven days. For the sealing and sterility test, the percentage of tubes with no apparent contamination was evaluated. In the in vitro disinfestation and establishment trials, the percentages of survival, oxidation and contamination were evaluated. The results showed that the Falcon tube showed greater efficiency in sealing the tubes and that the previous washing with citric and ascorbic acid solution reduced the oxidation levels. The levels of contamination remained high, indicating endogenous contamination and/or the need for phytosanitary treatment of the mother plant The present work serves as a basis for further studies on the in vitro establishment of the species.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/34945
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