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Título: RNAs não codificantes longos (lncRNAs) envolvidos no processo de resistência medicamentosa na leucemia mieloide crônica
Título(s) alternativo(s): Long non-coding RNAs (lncRNAs) involved in the drug resistance process in chronic myeloid leukemia
Autor(es): França, Jalisson Lucas Cardoso de
Orientador(es): Rocha, Tatianne Costa Negri
Palavras-chave: Leucemia mielóide crônica
Marcadores biológicos de tumor
Bibliometria
Chronic myeloid leukemia
Tumor markers
Bibliometrics
Data do documento: 3-Abr-2024
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Dois Vizinhos
Citação: FRANÇA, Jalisson Lucas Cardoso de. RNAs não codificantes longos (LNCRNAs) envolvidos no processo de resistência medicamentosa na leucemia mieloide crônica. 2024. Monografia (Especialização em Biologia Molecular) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2024.
Resumo: RNAs longos não-codificantes (lncRNAs) são uma classe de transcritos com comprimento maior que 200 nucleotídeos (nc) que não codificam proteínas, mas desempenham funções regulatórias importantes, como mediar a atividade ou localização de proteínas, fornecer estruturas organizacionais para estruturas subcelulares, modular programas transcricionais e regular a expressão de miRNAs. A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) BCR-ABL1 trata-se de uma malignidade hematológica mieloproliferativa clonal derivada de uma célula-tronco pluripotente anormal da medula óssea. O tratamento padrão e bem-sucedido da LMC é a administração de medicamentos da classe dos TKIs, porém mecanismos de resistência podem ocorrer e interferir em sua ação. Devido ao envolvimento em vários processos biológicos, muito se investiga sobre a desregulação de lncRNAs na LMC, pois estariam envolvidos na progressão da doença e poderiam servir como potenciais biomarcadores e alvos terapêuticos na LMC. Este estudo objetivou analisar a literatura recente a respeito de mecanismos de resistência medicamentosa na leucemia mieloide crônica envolvendo a atuação de lncRNAs e classificar os dados obtidos, falicitando sua compreensão. Com base na literatura disponível na coleção principal do Web of Science, foram levantadas informações a respeito dos estudos publicados no período de 2013 a 2023 e os dados referentes aos lncRNAs descritos foram classificados com base em seus mecanismos e interação molecular quando descritos como associados a resistência medicamentosa na LMC. Os anos com maior número de publicações foram 2017 e 2021 e a República Popular da China foi o país com maior número material produzido. Dentre os mecanismos e interações moleculares descritos nos trabalhos, lncRNAs atuando como ceRNA contra miRNAs foram identificados na regulação positiva de genes associados a resistência a imatinibe em eixos envolvendo MALAT1, SNHG5, UCA1, HULC e ADORA2A-AS1 e a doxorrubicina em eixos envolvendo FENDRR, CCDC26, LINC01515, os eixos envolvendo MEG3 e LNC000093 foram associados a regulação negativa de genes associados a resistência ao imatinibe e HOTTIP foi associado a resistência ao imatinibe pelo mecanismo de supressão transcricional. Embora suas interações moleculares ainda não terem sido elucidadas, CCAT2, HOTAIR e NEAT1 foram descritos como possivelmente associados a resistência ao imatinibe, enquanto MALAT1, como possível biomarcador molecular para a ocorrência e desenvolvimento de resistência ao dasatinib. A pesquisa de mecanismos moleculares que possam contribuir para uma solução teve um avanço significativo nos últimos anos e já se sabe que lncRNAs possuem um papel multifacetado na resistência da LMC aos quimioterápicos, portanto, estudá-los abre caminhos potenciais para terapias direcionadas, para o desenvolvimento de biomarcadores para prognóstico e na resposta ao tratamento de pacientes com LMC.
Abstract: Long non-coding RNAs (lncRNAs) are a class of transcripts greater than 200 nucleotides (nc) in length that do not encode proteins but perform importante regulatory functions such as mediating the activity or localization of proteins, providing organizational structures for subcellular structures, modulating transcriptional programs and regulate the expression of miRNAs. Chronic Myeloid Leukemia (CML) BCR-ABL1 is a clonal myeloproliferative hematological malignancy derived from an abnormal pluripotent stem cell in the bone marrow. The standard and successful treatment of CML is the administration of drugs from the TKI class, however resistance mechanisms can occur and interfere with their action. Due to their involvement in several biological processes, many investigations have emerged on the deregulation of lncRNAs in CML, as they are involved in the progression of the disease and could serve as potential biomarkers and therapeutic targets in CML. This study aimed to analyze the recent literature regarding mechanisms of drug resistance in chronic myeloid leukemia involving the action of lncRNAs and classify the data obtained, facilitating their understanding. Based on the literature available in the Web of Science main collection, information was collected regarding studies published in the period from 2013 to 2023 and data regarding the described lncRNAs were classified based on their mechanisms and molecular interaction when described as associated with resistance to medications in CML. The years with the highest number of publications were 2017 and 2021 and the People's Republic of China was the country with the highest number of materials produced. Among the mechanisms and molecular interactions described in the works, lncRNAs acting as ceRNA against miRNAs were identified in the positive regulation of genes associated with resistance to imatinib in axes involving MALAT1, SNHG5, UCA1, HULC and ADORA2A-AS1 and doxorubicin in axes involving FENDRR, CCDC26, LINC01515, the axes involving MEG3 and LNC000093 were associated with the negative regulation of genes associated with imatinib resistance and HOTTIP was associated with imatinib resistance through the transcriptional suppression mechanism. Although their molecular interactions have not yet been elucidated, CCAT2, HOTAIR and NEAT1 were described as possibly associated with resistance to imatinib, while MALAT1 as a possible molecular biomarker for the occurrence and development of resistance to dasatinib. Research into molecular mechanisms that could contribute to a solution has made significant progress in recent years and it is already known that lncRNAs have a multifaceted role in the resistance of CML to chemotherapy drugs, therefore, studying them opens up potential avenues for targeted therapies, for the development of biomarkers for prognosis and response to treatment in patients with CML.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/34315
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