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Título: Resistência de buva aos herbicidas auxinicos: identificação dos biótipos, caracterização do mecanismo de resistência e controle alternativo
Título(s) alternativo(s): Cross-resistance of Conyza spp. to auxinic herbicides: biotype identification, mechanism of resistance characterization and alternative control
Autor(es): Cinelli, Rafaela
Orientador(es): Nunes, Anderson Luis
Palavras-chave: Ervas daninhas - Controle
Herbicidas
Persistência
Plantas - Efeito dos herbicidas
Weeds - Control
Herbicides
Persistence
Plants - Effect of herbicides on
Data do documento: 31-Mar-2023
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Pato Branco
Citação: CINELLI, Rafaela. Resistência de buva aos herbicidas auxinicos: identificação dos biótipos, caracterização do mecanismo de resistência e controle alternativo. 2023. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2023.
Resumo: A resistência de plantas daninhas aos herbicidas é um problema mundial e vem ganhando importância no Brasil nos últimos anos. Dentre as principais plantas daninhas com problema de resistência no Brasil pode-se citar a Conyza spp., que além de apresentar resistência a diferentes herbicidas, é competitiva e causa grandes danos econômicos. Os objetivos desse trabalho foram: identificar biótipos de buva resistente aos herbicidas auxínicos; verificar se a resistência dos mesmos ocorre através da metabolização mediada por enzimas do citocromo P450 monooxigenase; avaliar alternativas de controle químico para os biótipos resistentes. Para isso o estudo foi desenvolvido em três partes. A primeira consistiu em curvas dose resposta dos herbicidas 2,4-D, dicamba, triclopyr e florpirauxifen-benzil em seis biotipos. No experimento de dose resposta apenas o biótipo 206 foi suscetível aos quatro herbicidas testados, sendo utilizado como parâmetro de comparação com os demais. Os biótipos 17 e 194 atenderam a todos os critérios estabelecidos para caracterização de resistência para os quatro herbicidas testados, o que caracteriza resistência cruzada aos mesmos. Os biótipos 35 e 108 apenas ao 2,4-D, e o biótipo 28 ao 2,4-D e dicamba. A ocorrência de metabolização foi avaliada através de curvas dose resposta com a presença ou ausência do inseticida acephate, conhecido por inibir as enzimas do citocromo P450. Apenas o biótipo 28, na curva dose resposta de 2,4-D, demostrou precisar de menores doses para controlar 50% da população na presença do acephate, indicando que a metabolização pode estar relacionada com a resistência nesse biótipo. Apesar de apresentar diferença, o biótipo continuou atendendo os critérios para ser considerado resistente mesmo na presença do acephate. A terceira parte consistiu em três experimentos para definir controles alternativos para os biotipos resistentes, sendo o primeiro composto por diferentes misturas de glufosinate com herbicidas inibidores da PROTOX; o segundo aplicação de 2,4-D seguida por diferentes sequenciais 10 dias após a primeira aplicação; e o terceiro um experimento bifatorial sendo o Fator A diferentes herbicidas auxínicos e o Fator B a presença ou não da aplicação sequencial com glufosinate. Nos experimentos de controle alternativo, todas as misturas de glufosinate com herbicidas inibidores da PROTOX foram eficientes no controle dos biótipos resistentes, assim como a aplicação sequencial de glufosinate 10 dias após a aplicação dos herbicidas auxínicos. A aplicação sequencial com diferentes herbicidas após 2,4-D também foi satisfatória, alcançando controles superiores a 90% na maioria dos tratamentos. Os biótipos apresentaram resistência a ao menos um dos herbicidas auxínicos estudados e o inibidor acephate não indicou a ocorrência metabolização mediada pelas enzimas do citocromo P450. O controle desses biótipos pode ser feito com a mistura de glufosinate + herbicidas inibidores da PROTOX ou então, com a aplicação sequencial de produtos de contato 10 dias após a aplicação de auxínicos.
Abstract: Weed resistance is a worldwise problem, which are getting importance in Brazil in the last years. The plants belonging to the genus Conyza are one of the main weeds in Brazil, due to the resistance to various herbicides and its aggressivity. The objectives of this work were: to identify Conyza spp. biotypes resistant to auxinic herbicides; to verify if enhancement degradation is the mechanism of resistance responsible for the biotype resistance and find alternative herbicides to control the resistant plants. To achieve the aims, three different trials were conducted. The first one consisted of six biotypes submitted to a dose-response experiment with the herbicides 2,4-D, dicamba, triclopyr and Florpyrauxifen-benzil. The biotype 206 was susceptible to all herbicides, and it was used as parameter of comparison with the others. The biotypes 17 and 194 showed resistance to all four herbicides studied. The biotypes 35 and 108 only to 2,4-D, and the 28 to 2,4-D and dicamba. To identify if the resistance was by enhancement degradation, the biotypes were submitted to doses-response with and without acephate, a compound that inhibit the cytochrome P450 monooxygenases enzymes. Only biotype 28 for the 2,4-D herbicide showed lower doses to control 50% of its population with acephate, indicating that the enhancement degradation could be related to this biotype resistance. But, despised the difference, the biotype 28 continued to meet the criteria to be considered resistant, even with the used of acephate. The third part consisted in three trials to find alternative controls to the resistant biotypes. Different mixtures with glufosinate plus herbicides inhibitors of PROTOX enzymes were used in the first one. In the second, 2,4-D was applied in all treatments followed by different sequential ten days after. The third trial was a two factorial arrangement where the Factor A was composed of different auxinic herbicides and the Factor B was the presence or the absence of glufosinate applied 10 days after the Factor A. In the control alternative experiment, all mixtures with glufosinate plus PROTOX inhibitors were efficient controlling the plants, likewise the sequential application with glufosinate ten days after different auxinic herbicides. Satisfactory controls were observed with the application of different herbicides ten days after 2,4-D too, with controls greater than 90% in most of the treatments. The biotypes showed resistance to at least one of the four auxinic herbicides tested and the enhancement degradation by cytochrome P450 monooxygenases enzymes is not responsible for the resistance. The biotypes control can be done with glufosinate plus PROTOX inhibitors herbicides or with the sequential application of contact herbicides ten days after auxinic herbicides.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/32263
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