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http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29546
Título: | As duas faces de uma vilã: desconstrução e diálogos entre as malévolas do cinema e da literatura |
Título(s) alternativo(s): | The two faces of a villain: deconstruction and dialogues between the maleficents of cinema and literature |
Autor(es): | Rossoni, Camila Amanda |
Orientador(es): | Stankiewicz, Mariese Ribas |
Palavras-chave: | Intertextualidade Feminismo e literatura Literatura infantojuvenil Apropriação (Arte) Desconstrução (Filosofia) Cinema e literatura Intertextuality Literature - Study and teaching Children's literature Appropriation (Art) Deconstruction Journalism and literature |
Data do documento: | 30-Jun-2022 |
Editor: | Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
Câmpus: | Pato Branco |
Citação: | ROSSONI, Camila Amanda. As duas faces de uma vilã: desconstrução e diálogos entre as malévolas do cinema e da literatura. 2022. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2022. |
Resumo: | Inúmeras temáticas a respeito da representação da mulher têm sido desconstruídas nas últimas décadas, e algumas delas encontram-se nos contos de fadas, as vilãs. O protagonismo das mulheres em histórias infantojuvenis é evidente, seja como princesas ou como bruxas. Entretanto, estas últimas raramente tinham a oportunidade de contar ou mostrar suas próprias histórias, até o lançamento de Malévola, da roteirista da Disney, Linda Woolverton, em 2014. Malévola mostra o ponto de vista de um tipo de personagem recorrente em histórias infantojuvenis, mas que, até então, havia sido extremamente cerceada e banida das relações sociais em inúmeras sociedades, desde os tempos mais antigos até, mesmo, a nossa contemporaneidade. Contudo, atividades desconstrucionistas têm revelado a bruxa mais famosa de todos os tempos, Malévola, como uma protagonista capaz de desenvolver a sua voz e de ser o sujeito de sua própria história. Em vista disso, este trabalho de dissertação de mestrado apresenta um estudo do processo de apropriação da animação dos Disney Studios, A Bela Adormecida (1959), para a elaboração de Malévola (2014), por Woolverton. Verificamos que ao longo desse processo, a roteirista desconstrói a personagem da bruxa, fazendo com que duas características discordantes, a da vilã e a da heroína, coexistam indissociáveis em um mesmo personagem. Desse modo, fez-se necessário um estudo aprofundado acerca das mulheres, com Michelle Perrot (2005) (2017); Sandra Gilbert e Susan Gubar (2020); Simone de Beauvoir (2019a) (2019b); Gerda Lerner (2019); Pierre Bourdieu (2020); e Virginia Woolf (1997) (2019), entre outros. Além disso, consideramos importantes as leituras a respeito das histórias infantojuvenis: Tzvetan Todorov (2008); David Roas (2014); Bruno Bettelheim (2020); Walter Benjamin (2009); Mariza Mendes (2000); e Nelly Novaes Coelho (2012), essencialmente. Para entendermos o processo de apropriação e adaptação, verificamos os trabalhos de Thaïs Flores Nogueira Diniz (1998) (2011), de Julie Sanders (2006) e de Linda Hutcheon (2013), entre outros autores. Por fim, foram imprescindíveis as leituras dos escritos de Jacques Derrida (2001) (2005) para as nossas análises da desconstrução em Malévola. Este trabalho trouxe questões importantes para os estudos das mulheres ao longo da história e sobre a importância da desconstrução dos discursos patriarcais, para uma progressiva igualdade de direitos entre os gêneros. |
Abstract: | A myriad of themes about the representation of women have been deconstructed in recent decades, and some of them are found in fairy tales, the villains. The role of women in children’s stories is evident, whether as princesses or as witches. However, the latter rarely had the opportunity to tell or show their own stories, until the release of Maleficent, by Disney screenwriter, Linda Woolverton, in 2014. Maleficent shows the point of view of a type of character that is iterant in children’s stories, but who, theretofore, had been extremely restricted and banned from social relations in countless societies, from the most ancient times to even our contemporaneity. However, deconstructionist activities have revealed the most famous witch of all times, Maleficent, as a protagonist capable of developing her voice and being the subject of her own story. In view of this, this master’s thesis presents a study of the appropriation process of Disney Studios’ animation, Sleeping Beauty (1959), for the elaboration of Maleficent (2014), by Woolverton. We have found that throughout this process, the screenwriter deconstructs the character of the witch, by making two dissimilar characteristics, the villain and the heroine, to coexist inseparably in the same character. Thus, an in-depth study about women has been necessary, with Michelle Perrot (2005) (2017); Sandra Gilbert and Susan Gubar (2020); Simone de Beauvoir (2019a) (2019b); Gerda Lerner (2019); Pierre Bourdieu (2020); and Virginia Woolf (1997) (2019), among others. In addition, we have considered important readings about children’s stories: Tzvetan Todorov (2008); David Roas (2014); Bruno Bettelheim (2020); Walter Benjamin (2009); Mariza Mendes (2000); and Nelly Novaes Coelho (2012), essentially. To understand the process of appropriation and adaptation, we have searched at the works of Thaïs Flores Nogueira Diniz (1998) (2011), Julie Sanders (2006), and Linda Hutcheon (2013), among other authors. Finally, readings of the writings by Jacques Derrida (2001) (2005) have been essential for our analysis of deconstruction in Maleficent. This research has raised important questions for women’s studies throughout history and about the importance of deconstructing patriarchal discourses, for a progressive equality of rights among genders. |
URI: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29546 |
Aparece nas coleções: | PB - Programa de Pós-Graduação em Letras |
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