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Título: Dança de salão: “damas” e “cavalheiros”, práticas pedagógicas e estereótipos de gênero
Título(s) alternativo(s): Ballroom dance: “ladies” and “gentlemen”, pedagogical practice and gender stereotypes
Autor(es): Barbosa, David Souza de Saboya
Orientador(es): Kuhn, Daniela Isabel
Palavras-chave: Dança de salão
Identidade de gênero
Estereótipos (Psicologia social)
Prática de ensino
Inclusão social
Ballroom dancing
Gender identity
Stereotypes (Social psychology)
Student teaching
Inclusion, Social
Data do documento: 25-Nov-2019
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: BARBOSA, David Souza de Saboya. Dança de salão: “damas” e “cavalheiros”, práticas pedagógicas e estereótipos de gênero. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2019.
Resumo: Os processos que formam sujeitos são contínuos e atuam com diferentes intensidades, podendo fixar diferenças e estabelecer relações de poder. Por intermédio da linguagem, a instituição da diferença ocorre recorrentemente de forma sutil graças a eficiência com a qual a língua atravessa a cultura, reforça estereótipos e constitui práticas sociais, como a prática da dança de salão. Visamos aqui identificar se o uso dos termos “dama” e “cavalheiro” por professoras(es) na prática pedagógica da dança de salão, atua como um mecanismo que reforça estereótipos de gênero. Esta pesquisa se justifica pelos efeitos que estes estereótipos podem surtir sobre seus participantes e pelo potencial de estarem estimulando condutas sexistas que podem estar sendo geradas pela manutenção dos mesmos. Através de procedimentos mistos de entrevistas e utilização de questionários, com alunas(os) e professoras(es) de dança de salão, exploramos questões quanto as formas com que estes termos têm sido utilizados na prática pedagógica da dança de salão, o grau de recorrência do seu uso nessa prática atualmente, se possuem uma relação direta com as representações de gênero da mulher e do homem, e os estereótipos gerados por eles. Estabelecidas essas relações, discutimos o poder opressivo que estes termos podem estar assumindo nas formações de identidades de mulheres e homens na prática da dança de salão e, como indicações, entendemos como relevante que se considere a conduta de substituição, ou abolição total/parcial dos termos em questão, em prol da desconstrução de uma prática pedagógica e sociocultural que interpretamos como sexista e heteronormativa. Isso virá a contribuir para uma possibilidade de inclusão social do público LGBTQ, além de corroborar com a pauta central do movimento feminista de maior equidade entre os gêneros, adequando a dança de salão ao contexto da contemporaneidade.
Abstract: The processes that form subjects are continuous and act with different intensities, being able to fix differences and establish power relations. Through language, the institution of difference recurs subtly thanks to the efficiency with which language crosses culture, reinforces stereotypes, and constitutes social practices, such as ballroom dancing. We aim here to identify if the use of the terms “lady” and “gentleman” by teachers in the pedagogical practice of ballroom dancing, acts as a mechanism that reinforces gender stereotypes. This research is justified by the effects that these stereotypes can have on their participants and the potential to be stimulating sexist behaviors that may be generated by their maintenance. Through mixed procedures of interviews and the use of questionnaires, with students and teachers of ballroom dance, we explored questions about the ways in which these terms have been used in the pedagogical practice of ballroom dance, the degree of recurrence of their use in this practice, if there is a direct relationship between the gender representations of women and men, and the stereotypes they generate. Having established these relationships, we discuss the oppressive power that these terms may be assuming in the formation of women’s and men’s identities in the practice of ballroom dancing and, as indications, we consider it relevant to consider the conduct of substitution, or total / partial abolition, of terms in question, in favor of the deconstruction of a pedagogical and sociocultural practice that we interpret as sexist and heteronormative. As a consequence it may contribute to the possibility of social inclusion of the LGBTQ community, and shall corroborate to the central agenda of the feminist movement for greater gender equity, adapting ballroom dancing to the contemporary context.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24240
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