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Título: Efeito de frações ultrafiltradas do cultivo de Hansenula wingei no controle de Penicillium expansum e Apergillus ochraceus
Autor(es): Simer, Patrícia
Orientador(es): Coelho, Alexandre Rodrigo
Palavras-chave: Pragas - Controle biológico
Frutas - Conservação
Leveduras (Fungos)
Pests - Biological control
Fruit - Preservation
Yeast fungi
Data do documento: 22-Abr-2013
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Francisco Beltrao
Citação: SIMER, Patrícia. Efeito de frações ultrafiltradas do cultivo de Hansenula wingei no controle de Penicillium expansum e Apergillus ochraceus. 2013. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Francisco Beltrão, 2013.
Resumo: O Brasil se classifica entre os quatro maiores produtores mundiais de frutas, juntamente com China, Índia e EUA. Porém, a competitividade das frutas frescas brasileiras no mercado internacional é bastante vulnerável. Isto ocorre devido a sua susceptibilidade à infecção fúngica no campo, assim como ataque durante o armazenamento, acarretando em consideráveis perdas econômicas. Aliado ao interesse dos consumidores por produtos naturais e mais saudáveis se faz necessário uma maior atenção quanto à qualidade das frutas frescas que serão exportadas, devido a sua exposição prolongada em condições propícias a proliferação de fungos deteriorantes/micotoxigênicos. Assim o biocontrole empregando leveduras antagonistas, com ênfase em linhagens killer, em função da baixa possibilidade de resíduos tóxicos, se mostra como uma relevante alternativa em relação ao tratamento químico tradicional, diminuindo a quantidade de fungicidas utilizados no tratamento de frutos na pós-colheita. Desta maneira, objetivou-se estudar o biocontrole de Aspergillus ochraceus e Penicillium expansum (fungos filamentosos) pela levedura antagonista Hansenula wingei (AM2-2). A levedura H. wingei mostrou-se killer positiva perante as leveduras sensíveis Candida glabrata NCYC 366 (K3), C. albicans 12A (K8) and Pichia kluyveri (CAY-15). No antifungigrama em meio líquido (caldo MPL) o sobrenadante do cultivo de H. wingei (AM2-2) (25°C/96 horas) inibiu 100% da germinação de esporos e do desenvolvimento de hifas de P. expansum. Com a utilização da mesma levedura contra o fungo A. ochraceus observou-se uma inibição no desenvolvimento de hifas de 59,26% (25°C/120 horas) e inibição na germinação de esporos de 90,92% (25°C/72 horas). A diferença entre os sobrenadantes obtidos do cultivo da levedura isoladamente e em interação com o fungo teste foi significativa (P < 0,05) na maioria dos ensaios. Quando da utilização das frações filtradas para a realização do antifungigrama em meio líquido observou-se 75,02% de inibição do desenvolvimento de hifas (membrana de 10kDa) e 90% de inibição da germinação de esporos (membrana de 5kDa) de A. ochraceus, sugerindo que possivelmente os compostos antifúngicos com maior ação sobre este fungo apresentam peso molar entre 3 e 10kDa. Já em relação ao desenvolvimento de hifas e germinação de esporos de P. expansum observou-se inibição total (100%) com a utilização de todas as frações, sugerindo-se assim que o composto antifúngico de maior ação para P. expansum tenha peso molecular inferior a 3kDa. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que a aplicação de leveduras antagonistas constitui ferramenta promissora no controle biológico de P. expansum e A. ochraceus em pós-colheita de frutas.
Abstract: The Brazil ranks among the four largest producers of fruit, along with China, India and USA. However, the competitiveness of Brazilian fresh fruit in the international market is very vulnerable. This is due to their susceptibility to fungal infection in the field, as well as attack during storage, resulting in significant economic losses. Allied to consumer interest in natural products and healthier is needed more attention on the quality of fresh fruit to be exported due to prolonged exposure to conditions conducive to proliferation of spoilage fungi / mycotoxigenic. So biocontrol using antagonistic yeasts with mphasis on killer strains, due to the low possibility of toxic residues, shown as a relevant alternative to the traditional chemical treatment, decreasing the amount of fungicides used in the treatment of post-harvest fruit. Thus, the objective was to study the biocontrol of Aspergillus ochraceus and Penicillium expansum (filamentous fungi) by antagonistic yeast Hansenula wingei (AM2 2). Yeast H. wingei showed positive killer against sensitive yeasts Candida glabrata NCYC 366 (K3), Candida albicans 12A (K8) and Pichia kluyveri (CAY-15). In vitro antifungal susceptibility in liquid (broth MPL) the culture supernatant of H. wingei (AM2-2) (25° C for 96 hours) 100% inhibited spore germination and hyphal development of P. expansum. With the use of the same yeast against the fungus A. ochraceus observed a reduction in the development of hyphae of 59.26% (25 ° C/120 hours) and inhibition of spore germination of 90.92% (25 ° C/72 hours). The difference in the supernatants obtained from the yeast culture alone and in interaction with the test fungus was significant (P <0.05) in most experiments. When using the fractions filtered to carry out the in vitro antifungal susceptibility liquid medium was observed 75.02% inhibition of the development of hyphae (10kDa membrane) and 90% inhibition of spore germination (5kDa membrane) A. ochraceus, possibly suggesting that the antifungal compounds with higher activity on this fungus have molecular weight between 3 and 10kDa. In relation to the development of hyphae and spores germination of P. expansum total inhibition was observed (100%) with the use of all fractions, thus suggesting that the antifungal compound of greater activity for P. expansum has a molecular weight below 3kDa. According to the obtained results, it is concluded that the application of antagonistic yeast is a promising tool for the biological control of P. expansum and A. ochraceus in postharvest fruit.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11652
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