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Título: Construções discursivas sobre o mundo do trabalho na obra Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior
Autor(es): Vilela, Carla Prado Lima Silveira
Orientador(es): Fanini, Angela Maria Rubel
Palavras-chave: França Júnior, Oswaldo, 1936-1989 - Jorge, um brasileiro
Trabalho - Aspectos sociais
Análise do discurso
Linguagem e línguas
Capitalismo
Trabalhadores - Condições sociais
Literatura brasileira - História e crítica
Tecnologia
Work - Social aspects
Discourse analysis
Language and languages
Capitalism
Employees - Social conditions
Brazilian literature - History and criticism
Technology
Data do documento: 5-Fev-2015
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: VILELA, Carla Prado Lima Silveira. Construções discursivas sobre o mundo do trabalho na obra Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015.
Resumo: Esta dissertação consiste em uma análise das construções discursivas sobre o mundo do trabalho no romance Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior, publicado em 1967. A pesquisa tem como embasamento teórico para o campo da linguagem e da literatura os conceitos de Mikhail Bakhtin e do Círculo, proposta que auxilia a perceber certas peculiaridades artísticas e composicionais da estrutura do romance, a partir da matriz dialógica como princípio constitutivo de todo discurso. Para o mundo do trabalho a pesquisa pauta-se nas reflexões de pensadores que contribuíram para um olhar mais crítico sobre essa temática na obra, como Marx e Engels, Lukács, Gorz, Marcuse e Antunes. Essa fundamentação teórica é um recorte do quadro de pensadores que se estudam no Projeto de Pesquisa “A formalização discursiva do universo do trabalho e da tecnologia em textos literários brasileiros”, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da UTFPR, a que se vincula esta dissertação. Os discursos sobre o trabalho são investigados a partir da dicotomia entre dois planos enunciativos ambivalentes no romance, o da sociedade capitalista, onde paira a exploração daquele que ganha o pão com o suor do rosto, e o do trabalho coletivo e socializado, que cria um universo simbólico sutil em que é possível o trabalho e as relações sociais carregarem sentidos mais humanos. O primeiro plano aponta para um certo fatalismo quanto à jornada do trabalhador que vende sua mão-de-obra na sociedade de mercado e, por mais que lute e se esforce, não logra romper com a hierarquização social ou ter uma vida mais emancipada. O segundo plano é tido simbolicamente como campo de resistência ao modelo produtivo hodierno, e apresenta uma arquitetônica dotada de certa positividade, pelo trabalho conjunto em interação com a natureza e pelos momentos comuns de lazer e auxílio mútuo entre os nove caminhoneiros, na jornada pelo interior de Minas Gerais. Aqui o trabalho é fator de socialização, o que confere uma forte crítica à sociedade capitalista, em que tudo funciona pela lógica da racionalidade econômica.
Abstract: This dissertation consists of a discourse analysis of the labor world in the novel Jorge, um brasileiro, by Oswaldo França Junior, published in 1967. This research is theoretically founded - for the field of language and literature – on the concepts of Mikhail Bakhtin and the Circle, which enables the perception of certain artistic and compositional peculiarities in the novel structure from the dialogic matrix as a constitutive principle of all discourse. This research builds on the reflections on the labor world by thinkers who contributed to a more critical look at this issue such as Marx and Engels, Lukacs, Gorz, Marcuse and Antunes. This theoretical foundation is an excerpt of the framework of thinkers who are studied in the research project "The discursive formalization of the labor and technology spheres in Brazilian literary texts", Graduate Technology Program from the UTFPR, which this dissertation isconnected to. The discourses on labor are investigated considering the dichotomy between two ambivalent enunciation plans in the novel: the capitalist society, where the worker exploitation prevails, and the collective and socialized work, which creates a subtle symbolic universe in which labor and social relations can carry more human meanings. The foreground points to a certain fatalism in the journey of the worker who sells his workforce in the market society and, despite his strive, fails to disrupt social hierarchy or attain a more emancipated life. The background is taken symbolically as an area of resistance to today's production model, and presents an architecture endowed with some positivity through joint work in interaction with nature and through common leisure and mutual assistance moments among the nine truck drivers in the journey through inland Minas Gerais. Here, work is a socialization factor, which strongly criticizes the capitalist society where everything works according to the logics of an economic rationality.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1151
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