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Título: A termografia no apoio ao diagnóstico de lesão muscular no esporte
Autor(es): Bandeira, Fábio Henrique
Orientador(es): Neves, Eduardo Borba
Palavras-chave: Sistema musculoesquelético - Ferimentos e lesões
Diagnóstico
Rugby
Creatina quinase
Esportes - Treinamento
Engenharia biomédica
Musculoskeletal system - Wounds and injuries
Diagnosis
Rugby football
Creatine Kinase
Sports - Training
Biomedical engineering
Data do documento: 15-Jul-2013
Editor: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus: Curitiba
Citação: BANDEIRA, Fábio Henrique. A termografia no apoio ao diagnóstico de lesão muscular no esporte. 2013. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
Resumo: Introdução: Lesões musculares são muito comuns e costumam afastar os atletas da prática esportiva, tornando-se um transtorno também aos clubes. Devido às suas características, o rúgbi é um dos esportes que mais ocasionam lesões. A lesão muscular apresenta uma variação térmica localizada, provocando um acréscimo da temperatura local. Supostamente estes sítios podem ser avaliados através da mensuração da temperatura. Objetivo: o objetivo geral deste estudo foi analisar a utilização da termografia como método de apoio ao diagnóstico de lesões musculares em atletas de rúgbi durante atividades de treino e jogo. Metodologia: participaram deste estudo, 21 atletas de rúgbi do sexo masculino com idades entre 19 e 31 anos, inscritos na Confederação Brasileira de Rúgbi, pertencentes à categoria adulta de um clube profissional de nível nacional, que executam treinamentos diários a mais de dois anos e que tenham participado por pelo menos 40 minutos de um treino ou partida oficial de rúgbi. Foram realizadas duas coletas de sangue para identificação da concentração sérica de CK, expressa em IU/L, sendo uma 48 h pós-treino e outra 48 h pós-jogo. Foi realizada a aquisição da imagem infravermelha dos atletas, sendo estes previamente orientados sobre os procedimentos a serem seguidos no dia dos exames. No momento da coleta, os atletas permaneceram vestidos apenas com a roupa íntima, em pé, por 30 minutos em repouso muscular em uma câmara de adaptação à temperatura, com temperatura e umidade controladas entre 22° e 23 °C e 45 e 50% respectivamente. Foram coletadas imagens do tronco (superior) e das coxas (inferior), nas incidências anterior e posterior. As imagens foram analisadas de forma sistemática e por inspeção. Resultados: a análise sistemática demonstra que não houve correlação entre a variação da CK e a variação de temperatura dos músculos analisados. A temperatura média das áreas selecionadas de todos os músculos foram maiores nos momentos de maior CK, porém, a variação de CK não apresentou correlação positiva significativa com a temperatura nestes mesmos momentos. Quando separado os sujeitos que apresentaram variação maior que 50% no nível sérico de CK entre os momentos de maior e menor concentração, os músculos peitoral esquerdo, reto femoral esquerdo e o semitendíneo esquerdo apresentaram as maiores diferenças com p-valor de 0,037, 0,057 e 0,045, respectivamente. O hemisfério corporal esquerdo apresentou uma maior diferença de temperatura quando comparado com o hemisfério corporal direito. A avaliação por inspeção mostrou que as regiões: superior anterior e inferior posterior apresentaram 13 atletas com aumento de temperatura maior que 0,6 °C coincidindo com um aumento do nível sérico de CK. A região superior posterior e a região inferior anterior apresentaram 11 atletas com variação de temperatura maior que 0,6 °C entre os momentos de maior e menor CK. Conclusões: pode-se concluir que a termografia pode e deve ser utilizada como método de apoio ao diagnóstico de lesão muscular em atletas, recomendando-se a utilização da análise por inspeção visual.
Abstract: Introduction: Muscle lesions are very common and usually move away athletes from practicing sports, becoming also a nuisance to the clubs. Due to its characteristics, rugby is one of the sports where lesions on athletes happen very often. The muscle lesion presents a thermal variation in the affected area, causing a local increase of temperature. Supposedly these areas can be evaluated through the measurement of temperature. Objective: The general objective of this study was to analyze the use of thermography as a method of support on the diagnosis of muscle lesions in rugby athletes during training activities and games. Methodology: participating in this study were, 21 male rugby athletes, aged between 19 and 31 years old, registered with the Brazilian Rugby Confederation, belonging to the adult categories at a professional level of a national team, who perform daily training for over two years and who have participated for at least 40 minutes of training or of an official rugby match. Twice there were collections of blood samples so the serum CK could be identified, expressed in IU/L; one collection 48 hours after training and another 48 hours after a game. The infrared images of the athletes were obtained, these being previously instructed on the procedures to be followed on the day of the exam. On collection the athletes were dressed only with their underwear, standing up, for 30 minutes with muscle at rest in a chamber which adapts to the temperature, with temperature and humidity controlled between 22° and 23 °C and 45 and 50% respectively. Images were collected from the upper body (superior) and upper-legs (inferior), from anterior and posterior sides. The images were analyzed systematically and by inspection. Results: The systematic analysis revealed that there is no correlation between de CK variation and temperature variation in muscles analyzed. The average temperature in the selected areas of all muscles were higher when the CK was higher, however, the variation of CK did not show any significant positive correlation with the temperature in the same situations. When separating the participants who presented a variation higher than 50% on the serum CK level between moments of higher and lower concentration, the left upper body muscles, left rectus femoris and left semitendinosus presented the biggest differences with p-value of 0.037, 0.057 and 0.045, respectively. The left body hemisphere showed a bigger difference in temperature when compared with the right body hemisphere. The evaluation by inspection showed that the anterior superior and posterior inferior regions presented 13 athletes with increased temperature higher than 0.6 °C coinciding with an increase of the serum CK. The posterior superior and the anterior inferior presented 11 athletes with temperature variation higher than 0.6 °C between the moments of higher and lower CK. Conclusions: It is possible to conclude that thermography can and should be utilized as a supporting method to diagnose muscle lesion in athletes, recommending the use of the visual analysis by inspection.
URI: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/886
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